Escolhidas entidades civis que vão compor o Conselho Nacional dos Direitos Humanos neste biênio

As nove organizações da sociedade civil que vão compor o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), no biênio 2014/16, foram escolhidas nesta terça-feira (16), por representantes de 50 entidades habilitadas. As entidades eleitas para indicar representante são: Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Plataforma de Direitos Humanos (Dhesca Brasil), Coletivo Nacional de Juventude Negra (ENEGRECER), Conselho Federal de Psicologia, Movimento Nacional da População de Rua, Rede Nacional Feminista De Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.
17/09/2014 18h05

Câmara dos Deputados/Banco de Imagens/Gustavo Lima

Escolhidas entidades civis que vão compor o Conselho Nacional dos Direitos Humanos neste biênio

Câmara aprovu texto legal em junho

O CNDH é composto por 22 membros conselheiros com mandato de dois anos. Onze deles da sociedade civil, os nove representantes eleitos, mais um da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos estados e da União.

Outros onze membros representam o Poder Público. O Legislativo será representado no Conselho por dois parlamentares de cada Casa Legislativa - Câmara e Senado. Os representantes da Câmara serão indicados pelo presidente da Casa, sendo um da situação e um da oposição. Ficou acordado que um Projeto de Resolução será ainda apresentado estabelecendo critérios dessas indicações.

Criado com o objetivo de ser guardião dos direitos humanos, o CNDH tem autonomia para fiscalizar as políticas de prevenção, repressão e sanção para situações de ameaça ou violações de direitos humanos, em resposta às denúncias recebidas.

A Lei 12.986/14, aprovada em junho deste ano, transformou o antigo Conselho de Defesa da Pessoa dos Direitos da Pessoa Humana em Conselho Nacional dos Direitos Humanos, tornando-o mais democrático e forte institucionalmente, com a ampliação da participação da sociedade civil. À época da aprovação do texto legal pela Câmara, a deputada Maria do Rosário (PT/RS) ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, considerou uma vitória a aprovação da proposta depois de 20 anos de tramitação. “Coloca o país em um novo patamar organizativo, mais próximo aos dispositivos das nações Unidas, com mais autonomia e maior representatividade da sociedade civil brasileira”, afirmou.