Comissão reúne Grupos da Fosfoetanolamina e da Microcefalia

Grupos de Trabalho debateram atividades que serão desenvolvidas
02/02/2016 15h05

Maria Garcia/CSSF

Comissão reúne Grupos da Fosfoetanolamina e da Microcefalia

Antes da abertura oficial da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 55ª legislatura, os Grupos de Trabalho (GT) da Fosfoetanolamina Sintética e da Microcefalia da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) se reuniram nesta terça-feira (2) para debater as atividades que serão desenvolvidas.

O encontro contou com a participação do Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (MS), Dr. Claudio Maierovitch, e o presidente da CSSF, o deputado Antônio Brito (PTB-BA). Estiveram presentes as deputadas Carmen Zanotto (PPS-SC), Leandre (PV-PR), Raquel Muniz (PSC-MG) e os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), Eduardo Barbosa (PSDB-MG), Miguel Lombardi (PR-SP), Odorico Monteiro (PT-CE), Dr. Sinval Malheiros (PMB-SP), Osmar Terra (PMDB-RS), Geraldo Resende (PMDB-MT), Mandetta (DEM-MS), Alexandre Serfiotis (PSD-RJ) e Reginaldo Lopes (PT-MG).

Coordenador do GT da Fosfoetanolamina Sintética, Chinaglia fez um breve relato sobre as atividades do Grupo. Uma delas foi a recente visita feita ao Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, na última terça-feira (26), para saber o andamento do estudo próprio do governo paulista. O parlamentar enfatizou que há anos o tratamento convencional contra o câncer, entre eles a quimioterapia, tem trazido resultados questionáveis. Ao mesmo tempo, muitos pacientes que utilizam a fosfoetanolamina sintética no tratamento do câncer acreditam que a substância otimiza o processo de cura. Os membros solicitaram ao diretor uma audiência pública como o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para tratar a questão.

 

Zika vírus e microcefalia

O próximo tema em pauta é a mais recente epidemia do Zika vírus, que pode ser um dos motivos que causa o nascimento de bebês com microcefalia. O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) acredita faltar protocolos padronizados nos estados do país para a notificação da microcefalia em decorrência do vírus Zika. Para o parlamentar, o Ministério da Saúde está “sem controle da dimensão do problema”, e o empecilho requer discussões sobre o orçamento. “A questão do Zika vírus é uma prioridade, principalmente se chegar a cidades de grande porte como São Paulo e Rio de Janeiro”, alertou.

Já o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) identificou uma “intolerância inaceitável com aquilo que depois pode virar um problema” como uma atitude do Ministério e defende uma declaração oficial por parte do órgão público de orientação às mulheres em relação à gravidez. Segundo a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), as campanhas populares de prevenção ao mosquito não estão tendo os resultados que deveriam. Os parlamentares Adelmo Carneiro Leão (PT-MG) e Mandetta (DEM-MS) propuseram o foco dos esforços no lançamento de uma vacina capaz de imunizar a população contra o vírus, tomando como exemplo da vacina, em fase de elaboração, contra a dengue.

Diante da decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) em considerar a epidemia do vírus Zika como uma situação de emergência mundial, o Ministério da Saúde (MS) acredita que a resposta internacional significa mais investimentos do país no combate ao vetor da doença. As atenções da comunidade internacional quanto à doença se voltam ao Brasil, que identificou considerável número de casos de microcefalia desde outubro do ano passado. Desde o início das investigações, foram notificados 3.174 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 684 municípios de 21 unidades da federação, de acordo com último dados do MS.