Presidente do BC fala sobre cumprimento das metas de 2013 e 2014
O Presidente do Bacen, Alexandre Tombini disse, em reunião de audiência pública conjunta da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional com a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e outras quatro Comissões da Câmara e do Senado, realizada no dia 9 de dezembro de 2014, que o órgão trabalha para fazer com que a inflação seja reduzida a ponto de chegar ao centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5% do PIB, até o final de 2016. Ele admitiu, porém, que a inflação deverá crescer no curto prazo.
Tombini apresentou aos parlamentares das comissões participantes, uma avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial referentes ao segundo semestre de 2013 e primeiro semestre de 2014. Ele afirmou que apesar do esforço do BC ter como foco a trajetória da inflação nos próximos dois anos, deve-se considerar que os ganhos decorrentes da esperada convergência da inflação para a trajetória de metas serão estendidos por vários anos, “podendo, inclusive, ter caráter de permanência”. Mas alertou que a alta dos preços deve ser ainda maior do que os atuais níveis nos próximos meses, diante da intensificação dos ajustes nos preços relativos, com avanço do dólar sobre o real e preços administrados, piorando os riscos da inflação. Entre setembro e novembro, a moeda norte-americana teve valorização de quase 15 por cento sobre o real.
O líder do DEM e membro da CFFC, deputado Mendonça Filho (PE), criticou o aumento dos juros. “O BC sucumbiu à pressão da presidente Dilma de tirar aumento de juros da disputa presidencial? A presidente se elegeu com a tese de que a taxa de juros deveria cair, mas subiu e muito.”
Em resposta, o Presidente do Bacen lembrou que as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) são marcadas com um ano de antecedência e não houve mudanças por questões eleitorais. “Os sinais estavam ali. Não é porque está ocorrendo eleição que vamos remarcar a reunião do Copom.”