O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - ABIH, Cesar Gonçalves, sugeriu o uso de navios que fazem cruzeiro na costa brasileira como alternativa para a hospedagem de turistas durante a Copa de 2014. A proposta foi apresentada no dia 20/08, durante audiência pública da Subcomissão Permanente de Fiscalização dos Gastos Públicos com a Copa de 2014, da CFFC.

Segundo levantamento da ABIH, existem hoje 300 mil apartamentos disponíveis nas 12 cidades-sedes, mas, Gonçalves advertiu que o setor precisa ter cautela para evitar um crescimento da rede hoteleira que não se sustente após a Copa.

O presidente da Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas, Ricardo Amaral, informou que, na próxima temporada de cruzeiros, serão oferecidos 907.167 leitos em 18 navios entre outubro e maio. "Mas a utilização dos navios como alternativa de hospedagem vai exigir investimentos para a melhoria da infraestrutura dos portos", alertou.

De acordo com Amaral, o Brasil possui mais de 40 portos, mas apenas 6 tem estrutura para receber grandes embarcações. Serão necessários, segundo ele, investimentos como instalação de rampas, escadas e salas de embarque e desembarque. Ao afirmar que as taxas portuárias do Brasil estão entre as mais altas do mundo, Amaral também defendeu isenções de taxas e nos combustíveis para incentivar a presença dos cruzeiros no país, o ano inteiro.

Em sua exposição, o presidente da Confederação Nacional do Turismo – CNTur, Nelson de Abreu Pinto, disse que a entidade trabalha para preparar não só as 12 sedes de jogos, mas também 88 cidades localizadas no entorno dessas capitais que podem receber turistas.

O relator da Subcomissão Permanente da Copa 2014, deputado Paulo Rattes (PMDB-RJ), disse ao final da audiência, que após a realização da quarta audiência para quais serão os gastos com o Mundial de Futebol, "ainda pairam muitas indagações sobre como chegar em 2014 com as condições necessárias para fazermos um evento dessa magnitude".

Fonte: CFFC/Agencia Câmara