Fenacom busca apoio na luta contra assassinatos de comunicadores
“A iniciativa é muito importante, trabalhar com a união da categoria de comunicadores, com uma pauta em comum”, afirmou o deputado Léo de Brito, que atualmente preside a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. “Casos de ameaças a profissionais da comunicação são situações extremas que devem ser enfrentadas, pois estamos falando de liberdades constitucionais que são desrespeitadas, principalmente no interior do país, onde estes profissionais enfrentam esse tipo de problema com grandes dificuldades”.
O presidente da Fenacom, o radialista Fábio Camilo, destacou ao parlamentar que o Brasil é o terceiro país no mundo no triste ranking de execuções de jornalistas, ficando atrás apenas da França, que no ano passado registrou 9 assassinatos, e da Síria, país em guerra que contabilizou a execução de 13 profissionais da imprensa. “Um dos pontos que precisamos destacar nessa proposta de tornar crime hediondo o assassinato de profissionais da comunicação no exercício de sua profissão é a necessidade de fazer com que as ameaças aos profissionais da imprensa não caiam na vala comum”, apontou Camilo.
“Se formos avaliar todos os casos mais recentes de assassinato de comunicadores, poderemos constatar que as vítimas procuraram a polícia e fizeram Boletins de Ocorrência das ameaças que receberam. E o que foi feito com relação a isso? Queremos que a Polícia Federal seja notificada imediatamente após a confecção desses B.O.s", declarou o presidente da Fenacom. Para Camilo, a notificação da Polícia Federal, e o consequente ingresso da instituição nas investigações, terá grande poder de coibir a violência contra os profissionais da comunicação.
A vice presidente da Fenacom, Glenda Neves, acrescentou que a proposta da Fenacom já tem o apoio do senador Acir Gurgacz (PDT/RO), que recebeu a diretoria da federação na semana passada. “Estamos encontrando declarado apoio a esta iniciativa, que mostra o reconhecimento de que quando esses crimes acontecem, não são atingidos apenas comunicadores, mas sim a verdade e a Justiça”, finalizou Glenda. Estiveram presentes à reunião os profissionais de comunicação Ivan Carvalho, do Acre, Gastão Pereira, do Amapá, Luís Paulo Pierre e Robinson Pereira, ambos de Brasília.