Deputados federais e autoridades do Rio Grande do Norte discutem fechamento de agências do Banco do Brasil

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realizou visita técnica na agência do Banco do Brasil da Cohabinal no município de Parnamirim, situado a 10 Km de Natal- RN, em seguida foi realizada uma audiência pública na sede da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte em Natal que tratou sobre o fechamento de agências do Banco do Brasil no estado.
25/03/2011 16h10

O evento tem como finalidade conhecer in loco algumas das agências fechadas recentemente pela diretoria do Banco do Brasil e debater com a sociedade local e autoridades do estado sobre os efeitos gerados pela desativação de agências da maior instituição financeira pública do Brasil.

O evento contou com a presença dos deputados federais Hildo Rocha (MDB/MA) autor da proposição, e Walter Alves (MDB/RN). Também participaram do encontro: a superintendente do Banco do Brasil no Rio Grande do Norte, Priscila Requejo; o prefeito de Lagoa Nova e vice-presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, Luciano Santos, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Parnamirim, Elisiel Ubirajara Marques e Alexandre Cândido, diretor do Sindicato dos Bancários.

 25_6_2021_Visita Técnica em Alagoas

Função social relevante

O deputado Walter Alves manifestou preocupação com os impactos negativos provocados pela atitude do Banco do Brasil e fez um apelo para que a instituição reconsidere a política de fechamento de agências. 

“A gente se preocupa porque no momento de pandemia, em que mais necessitamos de iniciativas que estimulem o crescimento da economia e facilitem a vida das pessoas, o Banco do Brasil decide diminuir a quantidade de agências. Então, peço a representante da instituição que leve ao Conselho de Administração do Banco do Brasil o nosso apelo, para que a instituição possa, não apenas rever o fechamento da Agência de Parnamirim, mas também ampliar e melhorar os atendimentos presenciais para facilitar a vida das pessoas afinal o Banco do Brasil também tem uma função social relevante. Parnamirim tem crescido bastante, mas precisa e merece crescer mais ainda e o Banco do Brasil pode ajudar muito”, comentou o parlamentar.

Para o deputado Hildo Rocha, a substituição dos atendimentos nas unidades físicas pelo atendimento digital é algo fora da realidade para milhares de clientes que não conseguem utilizar os recursos ofertados pela instituição por meio de aplicativos para uso em computadores ou smartphones.

“Essa decisão tem ocasionado apreensão e insatisfação, principalmente, dos empresários, das autoridades públicas, correntistas, principalmente os mais idosos que recebem benefícios previdenciários e assistenciais nas unidades do Banco do Brasil. De repente, essa clientela, que é formada por milhares de usuários, se vê obrigada a fazer uso de ferramentas que para a maioria ainda é algo impossível”, argumentou Hildo Rocha.

 

Filas e aglomerações

Ainda de acordo com o parlamentar maranhense, o resultado imediato mais visível, resultante da decisão da instituição, é a superlotação das agências instaladas nas imediações das unidades que foram desativadas. 

“Como se não bastassem as longas filas que tem se formado, há também o risco provocado pelas aglomerações. As agências ficam superlotadas pois são obrigadas a absorverem a clientela das unidades desativadas. Isso põe em risco tanto os clientes quanto os servidores das unidades remanescentes”, enfatizou.

 

Serviços precários

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Parnamirim, Elisiel Ubirajara Marques, ressaltou que Parnamirim é o município que mais cresce no nordeste brasileiro e que tem contribuído muito com os grandes lucros do Banco do Brasil. “Parnamirim é o município que mais cresce na Região Nordeste. Então, nós precisamos é de mais agências bancárias que prestem serviços eficientes”, destacou o empresário.

Para o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, Alexandre Candido, fechar uma agência de um banco oficial traz muitas consequências negativas e que isso tem que ser evitado.

 “O fechamento de agências é um absurdo, o impacto negativo é muito grande, prejudica o crescimento do município. Além disso, os atendimentos aos idosos, que não tem condições tecnológicas de ter acesso ao banco virtual, ficou também ficou muito prejudicado, enfatizou Alexandre Cândido, diretor do Sindicato dos Bancários.

 

Audiências públicas

O encontro de Parnamirim foi o segundo de uma série de três eventos da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle que tem como pauta a questão do fechamento de agências do Banco do Brasil.

 

O primeiro foi realizado na cidade de São Luís, capital do Estado do Maranhão, no dia 11/06. A terceira e última audiência pública acontecerá em Alagoas, no dia 29 de junho.