CFFC da Câmara vai ouvir o ministro Gilberto Carvalho sobre conduta do presidente do Cade

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou requerimento de autoria dos deputados Vanderlei Macris (SP) e do líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP) para convidar o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para prestar esclarecimentos sobre a conduta do atual presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, que teria omitido em seu currículo o fato de ter trabalhado no gabinete do deputado estadual petista Simão Pedro (PT-SP).
25/03/2011 16h10

No início da reunião, o PSDB conseguiu inverter a pauta, estabelecendo os requerimentos como primeiro item. Mas, em seguida, a liderança do governo e o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), conseguiram adiar, por 13 votos a sete, a discussão.

O currículo foi encaminhado por Vinícius Carvalho ao Senado, na época em que os senadores analisaram seu nome para o Cade. O requerimento foi aprovado após acordo entre o governo e o PSDB. Pelo acordo, Carvalho também falará sobre o vazamento à imprensa de informações e documentos sigilosos, sob responsabilidade do Cade, que indicariam a participação de nomes ligados ao PSDB em denúncias de propinas pagas por empresas.

Ainda pelo acordo, o deputado Vanderlei Macris concordou em enviar um requerimento de informação ao presidente do Cade, solicitando informações sobre o vazamento de informações e sobre o fato de não ter relatado o seu trabalho com o deputado estadual petista no currículo. O requerimento inicial do PSDB era pela realização de uma audiência pública com Vinícius Carvalho.

Adiamento


A comissão decidiu adiar por cinco sessões do Plenário a votação de dois requerimentos apresentados pelos deputados Macris e Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM. Ambos convidam o ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, a participar de uma audiência pública no colegiado, para prestar esclarecimentos sobre uma entrevista concedida por ele à revista Veja. Na reportagem, Tuma Júnior afirma que o governo teria montado dossiês contra adversários políticos com fins político-eleitorais.

O adiamento foi solicitado pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), após uma batalha regimental entre deputados da base aliada e da oposição. O assunto poderá voltar à discussão na reunião da próxima semana.