CFFC da Câmara vai ouvir o ministro Gilberto Carvalho sobre conduta do presidente do Cade
No início da reunião, o PSDB conseguiu inverter a pauta, estabelecendo os requerimentos como primeiro item. Mas, em seguida, a liderança do governo e o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), conseguiram adiar, por 13 votos a sete, a discussão.
O currículo foi encaminhado por Vinícius Carvalho ao Senado, na época em que os senadores analisaram seu nome para o Cade. O requerimento foi aprovado após acordo entre o governo e o PSDB. Pelo acordo, Carvalho também falará sobre o vazamento à imprensa de informações e documentos sigilosos, sob responsabilidade do Cade, que indicariam a participação de nomes ligados ao PSDB em denúncias de propinas pagas por empresas.
Ainda pelo acordo, o deputado Vanderlei Macris concordou em enviar um requerimento de informação ao presidente do Cade, solicitando informações sobre o vazamento de informações e sobre o fato de não ter relatado o seu trabalho com o deputado estadual petista no currículo. O requerimento inicial do PSDB era pela realização de uma audiência pública com Vinícius Carvalho.
Adiamento
A comissão decidiu adiar por cinco sessões do Plenário a votação de dois requerimentos apresentados pelos deputados Macris e Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM. Ambos convidam o ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, a participar de uma audiência pública no colegiado, para prestar esclarecimentos sobre uma entrevista concedida por ele à revista Veja. Na reportagem, Tuma Júnior afirma que o governo teria montado dossiês contra adversários políticos com fins político-eleitorais.
O adiamento foi solicitado pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), após uma batalha regimental entre deputados da base aliada e da oposição. O assunto poderá voltar à discussão na reunião da próxima semana.