Bia Kicis combate obrigatoriedade da vacinação em crianças: “se quiser levar seu filho para se vacinar, leve”
"Se você quiser levar seu filho para se vacinar, leve. Nós apenas somos contra a obrigatoriedade da vacina da covid-19. Com as demais vacinas, testadas e aplicadas há muitos anos, somos todos favoráveis", disse a deputada Bia Kicis (PL-DF), presidente da Comissão de Fiscalização e Controle (CFFC) em audiência com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira (28).
Outra observação da parlamentar é que "a pessoa tem que poder escolher se quer tomar uma vacina diante de efeitos adversos previstos na própria bula e com respeito ao ato médico. Não é possível que simplesmente se obrigue e se punam pessoas pobres, que não vão ter oportunidade de procurar um médico. Essas pessoas vão ser retiradas de programas sociais? Isto é de uma crueldade muito grande. Estamos aqui para proteger vidas. Protegemos a vida desde a concepção e queremos nossos bebês a salvo".
Em levantamento do médico norte-americano Chris Flowers, Kicis cita a não obrigatoriedade da vacina em países como Dinamarca, no Reino Unido, Suíça, Alemanha e Islândia. "A ciência do Brasil é diferente?", questionou, declarando-se favorável às vacinas que estão no PNI (Programa Nacional de Imunização), constatando sua segurança e eficácia comprovada.
Presente em dezenas de reuniões e audiências públicas que envolvem o tema, a presidente da CFFC disponibilizou estudos sobre terapia gênica e informações fornecidas pelo Ministério da Saúde no site da comissão (LINK) e afirmou que a população brasileira merece ter acesso a todas as informações, das mais variadas frentes.
A deputada Bia Kicis repudiou a fala da ministra, que chamou de criminosas as dúvidas sobre a segurança e eficácia da vacina da covid. Registrou que as dúvidas são legítimas e que impedir o debate é censura. A Presidente cobrou da ministra o respeito ao art. 53 da CF, prerrogativa dos parlamentares de imunidade parlamentar.
Ao defender a inclusão da vacina contra a covid-19 para crianças de 6 meses a 5 anos no PNI, a ministra disse seguir recomendação de sociedades científicas. Nesta quarta-feira (29), no entanto, em sessão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, o PL 826/19, que cria o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas, foi discutido e deve ser modificado em breve para que não se crie a obrigatoriedade de tomar imunizantes na rede pública de ensino.