Deputado Ademir Camilo cobra explicações sobre situação da Polícia Ferroviária
“Há um vácuo jurídico que precisa ser resolvido. Esses policiais já foram contratados, recebem do governo federal e, por isso, deveriam estar fazendo a segurança nas ferrovias. Estão, no entanto, alocados em outros órgãos. A segurança está sendo feita por terceirizados e o Executivo está pagando duas vezes por isso”, disse Ademir.
Segundo o deputado, a transferência desses policiais ferroviários federais, ao Ministério da Justiça, foi aprovada em 2010. “Até hoje, porém, a Pasta não realocou esses servidores que estão, por exemplo, atuando nos ministérios dos Transportes e das Cidades. Além disso, eles trabalham fora da finalidade para a qual foram contratados”.
Apesar da aprovação, há mais de três anos, da criação do Departamento de Polícia Ferroviária Federal, Ademir afirma que o órgão jamais saiu do papel. “Existe ainda a portaria 3.252, publicada no Diário Oficial da União, no dia 21 de dezembro de 2012, que instituiu um grupo de trabalho para elaborar o projeto de criação da Polícia Ferroviária Federal e a transferência dos profissionais da segurança pública”.
Outro agravante, segundo o parlamentar, é a previsão, no artigo 144 da Constituição Federal de 1988, de uma Polícia Ferroviária Federal como instituição constitucional permanente, organizada e mantida pela União, para patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. “Se está previsto na Constituição e já estão contratados os policiais para essa finalidade, precisamos saber por que até hoje não ocorreu à criação do departamento e a transferência. Precisamos do posicionamento do Ministério da Justiça para tomar medidas adequadas para que essa segurança exista de fato”.