21/5/2013 - Avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial (2º semestre/2012)
Audiência pública realizada em 21/5/2013 - conjunta das Comissões CAE-SF, CDEIC, CFFC e CFT, CMA-SF e CMO, em atendimento ao disposto no art. 9º, § 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Destinada à avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços - referente ao segundo semestre do exercício de 2012.
Participante: Alexandre Antonio Tombini, presidente do Banco Central do Brasil (Bacen).
Foto: Antonio Jacinto Índio
Resumo
Em sua exposição inicial, o presidente do Bacen destacou, entre outros pontos, que o resultado contábil do Banco Central em 2012 foi positivo em R$24,6 bilhões ; a perspectiva para a economia global continua sendo de baixo crescimento por período prolongado; a Economia brasileira apresenta recuperação gradual da atividade, com moderação do consumo e expansão do investimento ; a inflação está e continuará sob controle e que o Banco central tem agido para garantir a convergência da inflação em direção à meta a partir do segundo semestre de 2013.
No debate, questionado por parlamentares, Alexandre Tombini garantiu que as ações da política de combate à inflação do Banco Central, com controle do câmbio e a sinalização de alta das taxas de juros, não vão prejudicar o crescimento do comércio e da indústria brasileira, pois outras políticas do governo devem ter impacto positivo no crescimento dessas áreas.
Segundo Tombini, o Executivo deve incentivar o movimento de atacadistas que querem vender diretamente ao consumidor, explicando que, no caso dos alimentos, por exemplo, há uma deflação do atacado de quase 6%, mas ainda há inflação no varejo, ou seja na venda ao consumidor.
Em relação à indústia, Tombini citou a redução do custo de energia e das obras para melhoria da infraestrutura, como políticas que devem ter impacto de médio e longo prazo no aumento da competitividade e no crescimento dessa área. O presidente do Bacen disse ainda que o país aposta no mercado interno para a recuperação de seu parque industrial e frisou que os investimentos voltaram a crescer no último trimestre de 2012 e continuaram crescendo no primeiro trimestre de 2013.