Atletas surdos querem inclusão no sistema esportivo
Em sua exposição, a representante da CBDS explicou que os surdos não estão incluídos nem nos programas olímpicos, nem nos paralímpos, e, portanto, não fazem parte formal do sistema esportivo nacional. Por esse motivo, encontram dificuldades em receber recursos e organizar as competições desses atletas. “Queremos que esta Casa entenda a nossa luta e o valor que deve ser dado para o movimento surdolímpíco, ” destacou Déborah Dias.
O representante da Secretaria Especial do Esporte, Gabriel Citton, revelou sua emoção por fazer parte da história do movimento surdolímpico e destacou a importância de fortalecer o movimento. “Tive a experiência de trabalhar com o handebol de surdos e hoje, dentro do poder executivo, quero colaborar para tornar o movimento cada vez mais forte e reconhecido”, comentou.
O professor Ulisses Araújo destacou a importância da terminologia surdolímpico ser incluída na legislação esportiva. “Por conta disso, o surdo não está incluído na Lei Pelé, não tem acesso a recursos, não pode participar dos programas esportivos, como o Bolsa Atleta”, acrescentou.
O presidente da Comissão do Esporte, deputado Fábio Mitidieri (PSD/SE), apoiou a iniciativa dos atletas surdos e destacou que é o relator do PL 6.718/2016 na Comissão de Finanças e Tributação, cujo texto propõe a destinação de recursos das loterias para o fomento da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos.