Paradesporto: Defesa prepara atletas para Jogos Mundiais Militares de 2027

Pela primeira vez, o quadro de medalhas será único, a classificação vai ocorrer de acordo com o desempenho das equipes, não só olímpicas mas também paralímpicas, que representarem seus países. O desenvolvimento do paradesporto militar foi discutido pela Subcomissão Permanente do Paradesporto.
23/11/2023 12h05

Mario Agra / Câmara dos Deputados

Paradesporto: Defesa prepara atletas para Jogos Mundiais Militares de 2027

Programa João do Pulo já atendeu 1.084 pessoas em 2023, de acordo com Defesa

Em 2022, o Conselho Internacional do Esporte Militar aprovou a inclusão do Paradesporto nos próximos Jogos Mundiais Militares, que serão realizados em 2027, na África do Sul. Em audiência pública realizada nesta terça-feira (22) pela Subcomissão Permanente do Paradesporto, o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Vice-Almirante Roberto Rossatto, apresentou aos deputados o que está sendo feito para desenvolver o paradesporto militar, como o Programa João do Pulo.

“Já estamos preocupados em montar esse time que irá nos representar. E o quadro de medalhas será único, a classificação vai ocorrer de acordo com o desempenho das equipes, não só olímpicas mas também paralímpicas “, disse Rossatto.

Presidente da Subcomissão Permanente do Paradesporto e autor do requerimento que motivou a realização da audiência, deputado Augusto Puppio (MDB/AP), elogiou os resultados apresentados pelos programas da Defesa e ressaltou a importância do paradesporto para a reintegração de pessoas com defiência: “o paradesporto proporciona um espelho, mostra o primeiro dia de outras habilidades que a pessoa vai desenvolver. A gente sabe que o esporte pode mudar e até mesmo salvar vidas. O paradesporto pode fazer isso muito mais”.  

O representante da Defesa explicou que o Programa João do Pulo (PJP), criado em 2015, busca a reintegração social de militares que tenham para a valorização de militares que adquiriram deficiência física durante a carreira. O programa foi ampliado e hoje atende também pessoas com deficiência (PcD), priorizando crianças a partir dos 6 anos, jovens e adolescentes em estado de vulnerabilidade social. Este ano, 1084 pessoas já foram atendidas.

O tenente-coronel aviador Davi Pavelec, relator-chefe do Paradesporto do Ministério da Defesa, ao complementar a apresentação do vice-almirante Rossato, destacou os principais aspectos dos atletas: disciplina, força e superação.

Também presente à audiência, o secretário Nacional de Paradesporto do Ministério do Esporte, Fabio Araujo, elogiou os resultados alcançados até o momento. “Podem contar com o Ministério do Esporte, com a Secretaria para que a gente possa ampliar essa parceria, dar um passo a mais rumo à inclusão social, dos nossos militares, das forças de segurança, para a inclusão, a cidadania plena. Pois o esporte é isso: um instrumento valiosíssimo de inclusão social”, afirmou.

Diretora do Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP), Roseane de Freitas deu um relato pessoal de como teve a vida transformada pelo esporte: “Até os 15 anos, eu era uma pessoa feliz, bem cuidada, mas que não conhecia a realidade, não me entendia como uma PCD, foi o esporte que me transformou, me forjou, me fez entender as minhas limitações”.