Modalidades olímpicas firmam parcerias e descentralização nos planos para Paris 2024
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Preparação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Esta foi a última da série de audiências públicas da Comissão do Esporte realizou para ouvir as confederações pensando nas olimpíadas do ano que vem.
Antes do início das apresentações, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Paulo Wanderley Teixeira, abriu a audiência agradecendo o espaço que a comissão ofereceu aos esportes olímpicos desde maio, e ressaltou a importância do esporte e da política estarem em sintonia.
A primeira apresentação foi a da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) em que a presidente Maria Luciene e o diretor esportivo Henrique Motta destacaram os sucessos recentes das modalidades nos últimos ciclos olímpicos, e também a inclusão social do esporte como forma de transformar e descobrir talentos. Motta ainda chamou atenção para a descentralização do investimento em estrutura no último ciclo olímpico.
O deputado Luiz Lima (PL/RJ) elogiou a forma com que a CBG aliou competência no tratamento com o esporte e a relação midiática com os próprios atletas de ponta. A CBG é a segunda maior confederação olímpica nas redes sociais, com 225 mil seguidores.
Em seguida, o presidente da Confederação Brasileira de Wrestling, Flávio Cabral Neves, celebrou a conquista de dez vagas para o Pan-americano de Santiago. Ele também apontou que a CBW possui federações estaduais em todos os estados e no Distrito Federal, o que colabora para a descentralização da modalidade. No ano passado, a CBW contou com um orçamento de pouco mais de R$3,8 milhões.
O presidente da Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama, Bruno Patrício Oliveira, e a gerente de esportes Viviane Xavier, participaram da audiência remotamente. Eles detalharam gastos do atual ciclo olímpico, pouco mais de R$850 mil reais, e explicaram a linha de ação para popularizar o esporte no país: “O foco da CBHG é fazer parceria com governos estaduais, secretarias e prefeituras, porque a gente compreende que assim garantimos desenvolvimento de estrutura para que as pessoas conheçam o esporte.”
Atualmente o hóquei sobre a grama possui somente quatro campos oficiais, todos no Rio de Janeiro. O deputado Delegado da Cunha (PP/SP) classificou esse fato como um problema de base esportiva do país: "Só o futsal ,vôlei, handebol e basquete que são apresentados nas escolas. Eu tenho certeza que o Brasil possui matéria-prima para conquistar medalhas nas modalidades que tem menos estruturas nas escolas".
Por fim, o presidente da Confederação Brasileira de Triathlon Ernesto Pitanga, e o diretor geral Virgílio de Castilho, ressaltaram a inclusão social do esporte, mas sobre uma ótica diferente de outras modalidades: “Tem toda a questão da superação de limites com responsabilidade, ainda mais porque é um esporte que atrai muitas pessoas idosas.” Castilho ainda fez uma linha do tempo da classificação dos atletas brasileiros mais destacados pensando em Paris 2024, além do orçamento de R$20 milhões de reais da modalidade no último ciclo olímpico.