Comissão do Esporte debate sobre profissionais de Educação Física

Reunião contou com especialistas e atendeu a requerimento da deputada Flávia Morais
30/11/2022 19h45

Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados

Comissão do Esporte debate sobre profissionais de Educação Física

Deputada Flávia Morais (PDT/GO) preside reunião ao lado de Cláudio Boschi, presidente da CONFEF

Nesta quarta-feira, a Comissão do Esporte realizou uma audiência pública reunião para homenagear os profissionais de Educação Física. para debater a formação, a realidade e os desafios dos profissionais de Educação Física, em homenagem ao Dia do Profissional de Educação Física, celebrado no dia 01/09. O evento atendeu ao requerimento n° 37/22, de autoria da deputada Flávia Morais (PDT/GO).

Para a deputada, “diante da concretização desses direitos pela profissão, sobretudo no trágico cenário de enfrentamento do novo coronavírus, o educador físico ganha especial relevância, pois, independentemente da área em que o profissional de Educação Física atue, ele sempre estará diretamente ligado à promoção da saúde e ao aumento da qualidade de vida da população, sempre respeitando os diretrizes da competência didática, científica, ética profissional e técnica”.

Ao dar início à reunião, o presidente do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), Cláudio Boschi, reforçou que “a formação do profissional de Educação Física está estabelecida, assim como a necessidade de um professor de Educação Física escolar está prevista em todas as constituições brasileiras”. Para ele, a criação do CONFEF elevou o Brasil a uma evolução esportiva e formação acadêmica de altíssimo nível e regulamentação da profissão, não só como atividade recreativa, ou como alto rendimento”.

Para Márcio Atalla, professor de Educação Física, a área de atuação de um profissional de Educação Física aumentou muito nos últimos anos, especialmente devido à pandemia de Covid-19. Com isso, o meio não tem mais um foco apenas na educação, mas principalmente na saúde, muito em virtude de uma mudança de ambiente tecnológico que tem deixado o cidadão mais sedentário. “A área de atuação do profissional se ampliou muito e não só para o lado da educação, mas muito para o lado da saúde pública”, completou.

De acordo com José Reinaldo de Azevedo, professor da Universidade Federal do Acre e representante da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), a crise sanitária do Coronavírus fez com que a universidade perdesse muitos alunos e, consequentemente, futuros profissionais da área. “É uma dificuldade nossa trazer esse aluno de volta”, cita.

O deputado Danrlei Hinterholz (PSD/RS), reforçou a necessidade do incentivo às crianças e adolescentes a praticarem atividades físicas. “Se eu me tornei um atleta profissional foi graças a um professor de educação física que me chamou e disse que eu precisava praticar esporte e me explicou as necessidades disso”, afirmou o ex-goleiro.

Em consonância com o deputado Danrlei, o pesquisador, Ademir Testa Junior, afirmou que “as aulas de educação física fazem uma transformação social e se iniciam na escola”, portanto, há uma necessidade do aumento da carga horária para este tipo de aula nas escolas. Ele relatou que a Organização Mundial da Saúde recomenda um mínimo de 150 minutos semanais de atividades físicas para crianças e adolescentes. Essa demanda não seria alcançada, já que a maioria das escolas do território nacional possuem apenas duas aulas (cerca de 100 minutos) por semana.

Jonas Freire, diretor de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ressaltou a importância do esporte também como ferramenta de inclusão social. Apesar de haver tido uma evolução nos últimos anos a respeito do trabalho dos profissionais com pessoas com deficiência, ele diz que não é razão para diminuir o ritmo. “Se podemos sonhar com mais, por que não falar de futebol para cegos em uma aula de futebol?”, concluiu.

Ao final da reunião, a deputada Flávia Morais lembrou que a prática esportiva não é um privilégio e deve ser tratada como necessidade para todos desde o momento do nascimento.

 

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Por Ascom/Cespo