Comissão do Esporte debate planejamentos para Paris 2024
Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Apresentação dos planos e programas do Comitê Olímpico do Brasil para as olímpiadas de Paris 2024
Nesta quarta-feira, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) esteve na Comissão do Esporte para apresentar os planos e programas durante o planejamento para as Olimpíadas de Paris 2024. A reunião foi convocada em atendimento ao requerimento nº 4, de autoria do deputado Delegado da Cunha (PP/SP).
De acordo com o deputado, este ano de 2023 possui uma temporada que visa preparar as modalidades olímpicas para os jogos na capital francesa no ano que vem, com uma agenda robusta e centenas de competições e eventos no Brasil e no exterior. “O trabalho desenvolvido pelo COB [...] nos últimos anos nos traz boas perspectivas de que o Brasil continue fortalecendo suas políticas direcionadas à base e ao alto rendimento como também nos dá sólidas esperanças de que o país suba ainda mais no ranking de medalhas nesta próxima edição olímpica”, disse.
Ao dar início a apresentação do comitê, o vice-presidente, Marco La Porta, ressaltou a importância de um evento em que o COB possa demonstrar todos os esforços tratados do início ao fim das jornadas. “As pessoas, às vezes, olham só o quadro de medalhas e não entendem o trabalho todo que está por trás”, disse.
Rogério Sampaio, diretor-executivo do COB, disse que o comitê desenvolve um planejamento estratégico para cada ciclo olímpico dividido em quatro pilares, são eles: resultado esportivo, gestão e governança no esporte, imagem do movimento olímpico e cultura e educação no esporte. “Dentro desses pilares, nós temos 22 objetivos estratégicos que são acompanhados ao longo de todo o ano e temos 70 indicadores estratégicos para medir o desenvolvimento e andamento do alcance desses objetivos”. Sampaio ressaltou que em 2019 foi feita uma mudança para que esses indicadores fossem feitos de forma quantitativa e qualitativa para acompanhar o alcance das metas e objetivos.
De acordo com Isabele Duran, diretora financeira do COB, nestes quatro projetos, são investidos cerca de R$ 192 milhões. Segundo Sebástian Pereira, gerente executivo de jogos e operações internacionais e alto rendimento, esses recursos são estudados a cada ano, juntamente aos gestores de cada modalidade e é atualizado, caso seja necessário. “Na gestão de relacionamento com as entidades, a gente faz a aprovação do plano anual, a da análise e acompanhamento de todos os projetos que são aprovados no ano anterior e durante o ano a gente faz esse acompanhamento”, afirmou.
Ney Wilson, diretor de alto rendimento, destacou a importância do ciclo olímpico, uma vez que, segundo ele, o número de eventos saltou de quatro para 10 no intervalo entre dois jogos. “Isso realmente aumentou e muito, não só o trabalho, mas também a oportunidade de os atletas poderem participar desde jovens nos eventos da juventude”.
Com a palavra, o presidente da Comissão do Esporte, deputado Luiz Lima (PL/RJ), ressaltou a importância da participação do COB na arrecadação de fundos oriundos das taxações das apostas esportivas que devem acontecer nos próximos anos. “A importância é que a gente venha fazer com que o COB e outras instituições participem do percentual arrecadado perante a taxação que a gente está discutindo aqui no Congresso Nacional”, afirmou. O deputado Dr. Luiz Ovando (PP/MS) acrescentou que, além do investimento financeiro, os atletas, especialmente os mais jovens, também precisam de um amparo psicoemocional.
Além de deputados e membros do Comitê Olímpico do Brasil, também estiveram presentes alunos da escola Alef Peretz, de São Paulo, durante uma visita à Câmara dos Deputados e à Comissão do Esporte.
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Por Ascom/Cespo