Comissão aprova moção de repúdio ao desligamento do preparador físico da seleção feminina de basquete

Deputados querem também ouvir todos os envolvidos na demissão do profissional, que teria sido motivada por manifestação de opinião em rede social
03/07/2024 17h10

Assessoria da Comissão

Comissão aprova moção de repúdio ao desligamento do preparador físico da seleção feminina de basquete

Deputados querem ouvir CBB sobre demissão de preparador físico

  Os parlamentares da Comissão do Esporte aprovaram nesta quarta-feira, 3/7, moção de repúdio à Confederação Brasileira de Basketball/CBB pelo afastamento de Diego Falcão, preparador físico da seleção brasileira feminina de basquete. A moção foi proposta pelo deputado Julio Cesar Ribeiro (REPUBLICANOS-DF) no Req nº 55/24, que foi subscrito pelos deputados Dr. Luiz Ovando (PP-MS), Luiz Lima (PL-RJ) e Delegado da Cunha (PP-SP).

Na mesma reunião, os deputados aprovaram a realização de audiência pública para ouvir o presidente da CBB, Guy Peixoto Jr. O Req nº 54/24, de autoria do deputado Luiz Lima, propunha a presença apenas de Peixoto Jr., mas os deputados Julio Cesar Ribeiro e Dr. Luiz Ovando apoiaram o requerimento e solicitaram a inclusão do técnico José Neto, que pediu demissão em solidariedade ao desligamento de Falcão, e das atletas da seleção feminina de basquete. As jogadoras pediram a saída do preparador físico após ele ter postado em suas redes sociais uma manifestação ao PL 1904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive no casos de gravidez resultante de estupro.


PARADESPORTO

  Foram aprovados também os Req. Nº 58 e º 59/24, de autoria do deputado Augusto Puppio (MDB-AP), que pedem a realização de audiências públicas com o Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP) e com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ambas no âmbito da Subcomissão Permanente do Desporto.

 

TORCIDAS ORGANIZADAS

  Também foi aprovado o Projeto de Lei 174/24, que exclui a responsabilização, com o próprio patrimônio, de dirigentes das torcidas organizadas nos eventuais danos causados por torcedores. O texto, de autoria do presidente da Comissão, deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), altera a Lei Geral do Esporte.

  Hoje, pela lei, a responsabilidade por reparar os danos é da torcida e dos seus dirigentes e integrantes, que podem responder solidariamente, inclusive com o próprio patrimônio. O projeto de lei acaba com essa possibilidade.

  Para o relator, deputado Icaro de Valmir (PL-SE), o combate à violência nos estádios deve ser feito pela melhoria da capacidade de atuação da polícia, preventiva e repressivamente, com o monitoramento nos estádios, com uso de tecnologia, como de reconhecimento facial, para facilitar controle no acesso de torcedores e identificação dos infratores. “Enrijecer a responsabilização dos dirigentes de torcidas organizadas, com próprio patrimônio, trará mais prejuízos do que benefícios para o esporte. As torcidas existem da mesma forma que clubes existem, na formalidade ou não. Colocar sobre elas o peso da incapacidade de outros setores responsáveis pela segurança dos torcedores poderá incentivá-las à margem”, disse Icaro de Valmir. O projeto será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça.