Clubes esportivos exaltam políticas do CBC em audiência pública
Nesta quarta-feira, a Comissão do Esporte realizou uma audiência pública para realizar um balanço das atividades e a aplicação de recursos, além de debater a formação de atletas e a preparação para o atual ciclo olímpico de Paris 2024. O evento foi requerido pelo deputado Bandeira de Mello (PSB/RJ) e contou com a presença do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e outros clubes esportivos.
De acordo com o deputado, desde que começou a receber recursos oriundos das loterias federais, o Comitê Brasileiro de Clubes investiu mais de R$ 600 milhões nos clubes brasileiros, para formação e preparação de atletas de alto rendimento. “Esse montante refere-se aos editais apresentados pelos clubes, com seus projetos específicos nas áreas de recursos humanos, competições nacionais, materiais e equipamentos”, ressaltou.
Ao dar início à reunião, o presidente e o superintendente do CBC, Paulo Maciel e João Paulo Gonçalves, respectivamente, ressaltaram que o comitê foi inserido no Plano Nacional do Desporto em 2011, o que fez com que começassem a receber recursos oriundos das loterias. “Quando a gente iniciou o processo de execução dos recursos das loterias, nós focamos a nossa missão em formar atletas por meio dos clubes, prospectamos a visão em ser referência na formação de atletas e estabelecemos o propósito que é inspirar para o esporte e formar campeões”, afirmou o superintendente. O ex-presidente do CBC e atual presidente da Confederação Nacional dos Clubes (FENACLUBES), Arialdo Boscolo, afirmou que a união dos clubes foi essencial para que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Comitê Paralímpico Brasileiro, juntamente ao CBC, recebessem os recursos das loterias.
Ao citar o exemplo do Clube de Regatas do Flamengo, o diretor de esportes olímpicos, Marcelo Vido, afirmou que o esporte olímpico do clube é autossustentável e não necessita de recursos derivados do futebol ou do clube social. “Mais de 50% das nossas fontes de renda vêm de recursos da lei federal, através da Lei de Incentivo ao Esporte, da lei de incentivo estadual, através do ICMS no estado do Rio de Janeiro, e através do CBC”, afirmou.
O presidente do Minas Tênis Clube, Carlos Henrique Teixeira, citou que “o CBC está plenamente organizado e os clubes estão podendo, com mais intensidade, fazer a formação dos nossos atletas”. De acordo com ele, os editais lançados pelo comitê têm atendido as demandas do clube com materiais, recursos humanos, o que tem possibilitado a frequência nas competições e auxiliado na formação de mais de 19 mil atletas inscritos nas escolinhas. Ainda, o Minas citou que, além do esporte, faz questão de educar todos estes atletas, uma vez que, pelas diretrizes do clube, a educação está diretamente ligada à prática de esportes.
Já o presidente do Grêmio Náutico União, Paulo José Kolberg Bing, ressaltou que, desde que o clube passou a receber recursos oriundos do CBC, em 2014, a quantidade de atletas saltou de 564 para 922. “A mensalidade não era suficiente para bancar os nossos custos, até que surgiu o CBC com este projeto que foi fundamental para o prosseguimento e possibilitar o investimento na nossa vocação esportiva”, disse.
O comodoro do Iate Clube de Brasília, Flávio Pimentel, afirmou que os resultados esportivos do clube nunca tiveram tanto sucesso como atualmente e, para ele, isso é fruto dos recursos aplicados pelo CBC no clube. “Juntos, podemos promover em nosso país o esporte de excelência, amizade e respeito para a construção de um mundo melhor”, finalizou.
Paulo Coimbra Storino, presidente da Assembleia Paraense, ressaltou a importância do comitê de clubes para que o distanciamento da região norte seja diminuído e “graças ao CBC, nosso clube consegue enviar os atletas para as competições nacionais”. De acordo com Storino, a assembleia passou por dificuldades políticas, uma vez que, o quadro social tem a preferência de utilização de recursos para as atividades internas e não no investimento esportivo. Este caso criou dificuldades orçamentárias até que o CBC passou a ajudar, financeiramente, o clube.
Em nome do Yacht Clube da Bahia, Marcelo Sacramento, afirmou que, ao longo de quatro anos, o clube saiu de uma posição “sem destaque nacional para vencer 23 campeonatos brasileiros, dois mundiais, dois sul americanos, dois pan americanos e, ainda, temos uma atleta com possibilidade de medalha nas próximas olimpíadas. Isso só foi possível fazer com muito trabalho e apoio do Comitê Brasileiro de Clubes e da FENACLUBES”, exaltou.
Com a palavra, o deputado Luiz Lima (PL/RJ) disse que os clubes “são os formadores, sem dúvida nenhuma, a célula formadora do esporte no nosso país [...], cabe aos clubes essa responsabilidade”. Ele ainda ressaltou evolução do comitê nos últimos 10 anos quando, segundo o deputado, os clubes ainda não tinham a estrutura necessária para os esportes olímpicos que possuem hoje.
O deputado Diego Garcia (REPUBLICANOS/PR) teve a palavra e ressaltou a importância do Comitê Brasileiro de Clubes para a realização de políticas públicas nos estados e municípios.
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Por Ascom/Cespo