Cespo recebe atletas escolares e faz balanço da Gymnasíade
O Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães, se disse contente com os resultados obtidos pela delegação e, segundo ele, o esporte escolar tem sido uma das prioridades da Secretaria do Esporte. “A gente vive um momento muito satisfatório no desporto escolar do Brasil e há a intenção de levar esses jovens para o âmbito olímpico e paraolímpico”, comentou Magalhães. Para o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), Antônio Hora Filho, as diversas funcionalidades que compõem a confederação são fundamentais para esse projeto do governo. São 1.137 técnicos que cuidam de quase 8 mil alunos-atletas.
A competição reuniu aproximadamente 3,4 mil atletas de 69 países com idades entre 16 e 18 anos, sendo 230 brasileiros. O autor ressaltou que o Brasil “é o único país do mundo a ficar entre os três primeiros colocados nas últimas edições, que foram realizadas em Brasília-DF (2013), na Turquia (2016) e em Marrocos (2018). Na edição deste ano, a delegação brasileira terminou em 2º lugar, atrás apenas da anfitriã França, e conquistou 126 medalhas, sendo 45 de ouro, 45 de prata e 36 de bronze”.
Para o vice-presidente da CBDE e da International School Sport Federation (ISF), Robson Lopes Aguiar, o segredo para uma boa participação na Gymnasíade, está nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs). “Não existe Gymnasíade se não houver uma preparação anterior como o JEBs”. De acordo com ele, a confederação teve um papel de extrema relevância ao fornecer a garantia dos transportes aéreos, já que os estados sempre realizavam as etapas estaduais e, na hora de enviar os times para a etapa nacional, não tinham recursos para levar a delegação completa”, lembrou.
Em consonância, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, acredita que o investimento no esporte escolar é fundamental para que possa ser criada uma cultura esportiva no país. Segundo ele, um outro programa importante foi a criação do programa Criança Paraolímpica que, “tem como meta a capacitação de pelo menos 100 mil professores de Educação Física até 2025”. Conrado acredita que esses projetos contribuem com a “transformação possível na nossa sociedade através do esporte, além de somar esforços para que no futuro tenhamos o esporte consolidado no nosso país, uma cultura esportiva criada e, sobretudo, uma sociedade mais inclusiva”.
O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Wlamir Leandro Motta Campos, diz que “ninguém nasce no alto rendimento, o esporte começa na escola. Não adianta querermos resultados nas olimpíadas se não tivermos investimentos na base”. Para ele, atividade física não é apenas saúde, é também uma ferramenta de inclusão social.
Um dos beneficiados por esse investimento foi Elias Oliveira dos Santos, atleta escolar que participou da Gymnasíade. Ele diz que enquanto muitos rivais de prova “eram patrocinados por grandes empresas e eu patrocinado pelo meu papai”, que apesar dos esforços, não possuía recursos para o levar para uma competição internacional e a CBDE proporcionou isso. Elias conquistou o ouro na modalidade de atletismo na França. Outra beneficiada das políticas da confederação, foi Larissa Rodrigues, paratleta de natação e prata na Gymnasíade. “Receber esse apoio, para nós é muito importante e ter esse reconhecimento nos impulsiona a continuar lutando para representar o nosso país.
Ao final do debate, o deputado Felício Laterça, que presidiu a reunião, convidou os jovens atletas presentes para falar sobre a experiência que eles tiveram durante o preparo e os jogos da Gymnasíade. Eles ressaltaram a importância do convívio com os demais atletas e exaltaram o prêmio de fair-play vencido pela delegação brasileira entre todas as 69 participantes.
Por Ascom/Cespo