Vivi Reis (PSOL/PA) é eleita 3ª vice-presidenta da CDHM
A parlamentar é educadora popular, formada em fisioterapia, ex-servidora pública, trabalhadora da saúde, com atuação em defesa dos direitos das mulheres, dos negros, dos povos indígenas e da população LGBTQIA+.
“Eu, enquanto uma deputada do Pará, mulher negra amazônida, bissexual, filha de trabalhadora doméstica, com família que reside no campo e na periferia da cidade, tenho muito orgulho de hoje estar assumindo a 3ª vice-presidência desta comissão”, celebrou Reis, a mais jovem deputada da bancada do PSOL na Câmara.
“Quero dizer da importância de cada vez mais mulheres como eu estarem nesses lugares. Quando falo disso, eu não falo de mim, não é sobre a minha história. É sobre a história das brasileiras que carregam a responsabilidade de sustentar suas famílias, de trabalhadoras da saúde que foram linha de frente do combate à Covid-19, de pessoas amazônidas, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas do campo que sofrem cotidianamente ataques à sua cultura, ao seu território, à sua vida”, acrescentou a parlamentar, reforçando a disposição para contribuir com os trabalhos do colegiado.
O 1º vice-presidente da CDHM, deputado Orlando Silva (PCdoB/SP), apontou o avanço da composição por paridade de gênero, estabelecido com a eleição de Carlos Veras à Presidência, e celebrou que essa paridade agora também é racial, com a eleição de Vivi Reis. “O senhor foi eleito introduzindo a paridade de gênero. Nós temos uma mesa com duas mulheres e dois homens. E agora, com esse esforço de qualificação, o senhor está acrescentando um outro fator, a deputada Vivi traz a mesma combatividade da deputada Sâmia, o mesmo compromisso na luta dos direitos humanos, na luta das mulheres, mas acrescenta o fato de ser uma mulher negra. Então, nós teremos também uma paridade étnico-racial. É um valor simbólico, mas vale muito o simbolismo”.
“Você traz um profundo compromisso com a classe trabalhadora, compromisso com os setores que são minorizados na política, eu falo dos negros, das negras. Você traz um profundo compromisso em defesa da comunidade LGBTQIA+, com tantas agendas amparadas na dignidade da pessoa humana, fundamento da Constituição Federal do Brasil”, acrescentou Silva, comentando a legitimidade que a parlamentar confere ao colegiado.
“Estar na Presidência desta comissão, e ter uma paridade de gênero e racial, com pessoas tão qualificadas e que retratam a realidade do povo brasileiro, é uma grande honra”, afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Carlos Veras (PT/PE).
Fábia Pessoa/ CDHM