Seminário debate a reforma da previdência proposta pelo governo federal
“A proposta de reforma da Previdência encaminhada pelo governo federal quer mais do que a redução do gasto público às custas de direitos. Ela vai modificar a lógica do Estado de Bem-Estar Social, consolidado na Constituição de 1988, que tem na seguridade social um de seus principais pilares”, afirma Helder Salomão (PT/ES), presidente da CDHM.
Para Salomão, que solicitou a realização do seminário, “ a partir do momento em que a Previdência passa a ser encarada como meramente contributiva, sem a repartição com o Estado e com regras excludentes que dificultam a participação da maioria da população, retira a proteção garantida por lei, além de reduzir sua atuação na correção das diferenças sociais e penaliza os mais vulneráveis”.
Vão participar do debate Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida; Erick Magalhães, advogado especialista em Direito Previdenciário; Carlos Gabas, ex-Ministro da Previdência Social; Recaredo Gálvez, da Fundación Sol do Chile; Guilherme Pfeifer Portanova, consultor jurídico da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap) e Selene Barboza, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Veja dez pontos da proposta
-acaba a aposentadoria por tempo de contribuição
-para se aposentar, mulher precisa ter no mínimo 62 anos e homem, 65
-para homem e mulher, tempo mínimo de contribuição sobe de 15 para 20 anos
-idade mínima é a mesma para funcionário público e privado
-aposentado só recebe 100% do benefício se pagar ao INSS por 40 anos
-há 3 regras de transição: por pontos, idade mínima e com um pedágio de 50% em relação ao tempo que falta
-quem ganha mais pagará contribuição maior ao INSS: de 11%, sobe para 11,68%
-pensão por morte para viúvos órfãos será menor, caindo de 100% para 60% com um dependente
-abono do PIS será pago só para quem recebe até 1 salário mínimo. Hoje, tem direito quem recebe até dois.
-benefício inicial a idoso pobre cai de R$ 998 para R$ 400
O seminário será transmitido ao vivo pelo Facebook da CDHM, Youtube e canais oficiais da TV Câmara.
Pedro Calvi / CDHM