Pronunciamento do presidente da comissão em sessão solene que homenageia resistência democrática

A sessão Solene em homenagem à resistência democrática aos 50 anos do Golpe de 1964 aconteceu no Plenário da Câmara desta terça-feira, 1º de Abril
02/04/2014 11h55

Pronunciamento do presidente da comissão em sessão solene que homenageia resistência democrática

Deputado Assis do Couto durante o pronunciamento

O deputado federal Assis do Couto realizou um pronunciamento, nesta terça-feira (01), no Plenário da Câmara dos Deputados durante uma Sessão Solene em homenagem à resistência democrática aos 50 anos do Golpe de 1964. O deputado, que neste ano é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, falou no espaço de lideranças partidárias pelo PT (Partido dos Trabalhadores).

Durante a sessão, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves assinou ato da Mesa Diretora que proclama 2014 como o Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade. A sessão no Plenário Ulysses Guimarães foi realizada a pedido da deputada, que também faz parte da Comissão de Direitos Humanos, Luiza Erundina.

Durante seu discurso, o presidente da Comissão de Direitos Humanos reconheceu a decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, de ter aberto as portas do parlamento para que os movimentos sociais e a população pudessem entrar no Plenário sem dificuldades.

“Que essa seja uma sessão solene para refletir o tempo obscuro que esse País viveu durante o Regime Militar e não para enaltecer a violência, a repressão, e o desaparecimento dos familiares que aqui estão”, afirmou.

O deputado também falou sobre a honra de presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara e agradeceu, publicamente, ao Partido dos Trabalhadores, por ter feito a escolha pela CDHM neste ano. Assis enumerou algumas conquistas da comissão, mesmo em poucas semanas de atuação.

“Aprovamos um requerimento para recriar a Comissão Parlamentar da Verdade. Aprovamos um plano de trabalho para este ano que contempla este tema do Golpe de 1964. Também um projeto de lei que cria o Conselho Nacional de Direitos Humanos”, destacou o deputado. E continuou:“Aprovamos um protocolo para continuar as investigações sobre a Vala de Perús, em São Paulo. Estamos elaborando um protocolo também para darmos continuidade à busca de mortos e desaparecidos no Parque Nacional do Iguaçu”, acrescentou o parlamentar citando o nome dos seis militantes desaparecidos na chamada “Chacina do Parque”.

Para concluir, o presidente da CDHM disse que o golpe militar não apenas feriu a alma do brasileiro, mas também direitos e oportunidades da nação. “Se compararmos o que aconteceu em 21 anos de ditadura e nos últimos 12 anos deste governo democrático e popular, observamos grandes diferenças em termos de desenvolvimento humano, inflação, PIB e número de jovens matriculados no ensino superior”, afirmou.

Sessão Suspensa

Além do deputado Assis do Couto e Luiza Erundina, proponente da Sessão Solene, apenas outros dois deputados se manifestaram, antes do deputado presidente Amir Lando, encerrar o ato comemorativo.