Presidente da CDHM pede apuração rigorosa de assassinato na Paraíba

No último domingo (17), na praia de Jacarapé em João Pessoa (PB), foi localizado o corpo de Gabriel Taciano, de 34 anos. Ele era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e defensor da causa LGBTQI+ com longa atuação em defesa dos direitos humanos. O corpo tinha marcas de tiros e facadas.
18/05/2020 18h44

Nesta segunda-feira, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara do Deputados (CDHM), Helder Salomão (PT/ES), pediu a Jean Bezerra Nunes, secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social da Paraíba, que seja feita uma rigorosa apuração do caso e as adoções adoção das medidas para identificar as circunstancias e os culpados do crime.


“O Brasil é líder mundial de crimes lgbtfóbicos. Não temos números oficiais, mas o Grupo Gay da Bahia registrou, em todo país, 297 homicídios em 2019. Já a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais, em um estudo semelhante apenas com pessoas trans, tem o dado de que no ano de 2019 foram 124 assassinatos desta população”, informa Salomão.



Prisão de suspeito

 


Um homem suspeito pela morte de Gabriel foi preso na tarde desta segunda-feira em João Pessoa. Segundo a Polícia Militar, o suspeito de 23 anos estava em uma casa no bairro do Cristo, onde também foi encontrada a motocicleta de Gabriel. Na Delegacia de Homicídios da capital paraibana, o suspeito teria confessado o crime e alegou que a motivação foi uma dívida de 500 reais. Ele foi preso em flagrante delito por “crime de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, sem defesa da vítima e com uso de requintes de crueldade”.

 

Pedro Calvi / CDHM

Com informações do G1