Presidente da CDHM manifesta repúdio a crime de ódio praticado contra ambulante em São Paulo
A violência dirigida a pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) no Brasil vitimou, somente no ano passado, 319 pessoas e até junho de 2016 o Grupo Gay da Bahia registrou 149 vítimas fatais. Estes números podem ainda ser inferiores a cifra real, já que se baseiam apenas em denúncias e notícias de jornal, mas são suficientes para colocar o país na vergonhosa liderança mundial de assassinatos de LGBT no mundo. A posição é novamente confirmada quando consideramos apenas travestis e transexuais, pois de acordo com a Ong Internacional Transgender Europe, entre janeiro de 2008 e abril de 2013, foram 486 mortes, quatro vezes a mais que no México, segundo país com mais casos registrados.
O senhor Luiz Carlos, que tentou impedir mais um crime contra as travestis, foi morto pelo mesmo ódio homofóbico e transfóbico que segue sendo alimentado pela ausência de políticas públicas para os direitos humanos, capazes de contemplar o combate ao preconceito e a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero no país.
Urge que sejam aprovados os projetos de lei que assegurem a autodeterminação do gênero e a criminalização da homofobia, como forma de amparar, ainda que no plano legal, essa população que luta por dignidade, respeito e pelo direito de viver sem medo. A CDHM reitera o seu compromisso com a garantia da cidadania e dos direitos humanos para a população LGBT.
Deputado Padre João
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados