Presidente Assis do Couto fala sobre avanços do tema segurança alimentar no Parlamento em evento do Consea
O “Mesa de Controvérsias” é um evento realizado com frequência pelo Consea. Em outras oportunidades, temas como o uso de agrotóxicos e transgênicos já povoaram as mesas de debate, que reúnem representantes da sociedade e do governo para aprofundar questões relacionadas à segurança alimentar e nutricional.
Além do deputado Assis do Couto, participaram da mesa de debates Darci Frigo, do movimento Terra de Direitos, o juiz Rodrigo Rigamonte Fonseca, a subprocuradora-geral da República, Déborah Duprat, e representantes do Ministro da Justiça.
Em seu discurso, o presidente da CDHM traçou, em primeiro lugar, um panorama da ocupação do campo brasileiro, comparando um campo hegemônico, monocultor, voltado para a exportação e desabitado com um campo diverso, que preza pela policultura, voltado para a produção de alimentos consumidos dentro do País, e povoado.
“A violência no campo, a violência contra aquelas minorias que querem garantir o acesso à terra não diminui. E, como consequência disto, não diminui também a violência nos grandes centros urbanos, que no meu ponto de vista é um reflexo direto do êxodo rural”, analisou o parlamentar.
Para Assis, a relação entre o crescimento do valor das commodities e as perspectivas do agronegócio e o aumento da violência é proporcional. “A violência urbana tem origem em um campo que se esvazia”, completou.
O deputado elogiou a atuação do Consea em trazer à tona o tema, mas ponderou que temas como o acesso à terra, e o direito humano à alimentação, terá dificuldades de transitar no Congresso na próxima legislatura. “Já percebi isso na campanha. Não podemos esperar muito do Congresso Nacional, que se o atual já era conservador, o próximo, que tomará posse em 2015, é muito pior”, afirmou o deputado.