Presidência da CDHM solicita apuração sobre desaparecimento de Danielly Silva
Captura: Fernando Bola/CDHM
Felipe Santos, da Articulação Brasileira de Gays (ARTGAY), denunciou o caso de Danielly em audiência na CDHM de combate à LGBTfobia
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o deputado Carlos Veras, reportou nesta terça-feira ao Procurador-Geral de Justiça da Paraíba, Francisco Seráphico, denúncia de desaparecimento de Danielly Silva, no último dia 3 de maio, quando embarcou em um ônibus da empresa Itapemirim, de João Pessoa, com destino a Belo Horizonte.
Foram encaminhados ofícios solicitando providências também ao Ministério Público de Minas Gerais e às Secretarias de Segurança Pública da Paraíba e de Minas Gerais, para que o desaparecimento de Danielly Silva seja investigado com urgência, inclusive com solicitação das imagens de vídeo das rodoviárias de origem e de destino.
Danielly é uma mulher transsexual, e teria embarcado às 12h no ônibus que a levaria à capital de Minas Gerais, com o intuito de trabalhar como pescadora no município de Pompéu. Ela seria recebida por uma amiga, com quem iria morar, próximo à barragem do município.
Em audiência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, no último dia 19 de maio, Felipe Santos, da Articulação Brasileira de Gays (ARTGAY), denunciou o caso de Danielly e contou que ela foi para Minas Gerais em busca de oportunidades de trabalho. Felipe apontou que a pandemia e a falta de auxílio tornaram ainda mais vulnerável a população LGBTQIA+ a desaparecimentos e suicídios.
Karolina Silva, advogada de Danielly em um processo de retificação de registro civil, afirmou à CDHM que os funcionários da empresa de viação Itapemirim afirmaram não haver qualquer intercorrência registrada em sua passagem, o que leva a crer que Danielly teria chegado a Belo Horizonte às 8h do dia 5 de maio de 2021.
A advogada comunicou que mantém contato com a amiga que receberia Danielly em Minas e que até o momento ninguém teria recebido algum contato da jovem.
A presidência da CDHM vai seguir acompanhando o caso.
Fábia Pessoa/CDHM