Presidência da CDHM se manifesta sobre assassinato de caiçara

O crime ocorrido em Trindade (RJ) seria de autoria de policiais militares, a serviço de empresas. Leia a nota.
09/06/2016 16h57

Secretariado parlamentar

Presidência da CDHM se manifesta sobre assassinato de caiçara

Deputado Nilto Tatto (PT/SR), 2° Vice Presidente da CDHM, esteve em diligência a Trindade.

NOTA PÚBLICA

 

O 2º Vice-Presidente desta Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Deputado Nilto Tatto (PT/SP), no exercício das atribuições regimentais do colegiado, esteve em diligência ao município de Trindade (RJ), para receber as denúncias sobre o assassinato do jovem caiçara Jaison Caique Sampaio, de 23 anos, ocorrido na última quinta-feira (dia 2 de junho), dentro de sua própria casa.

Segundo os relatos dos comunitários, ouvidos pelo parlamentar, a família já vinha sendo ameaçada por dois Sargentos da Polícia Militar, a serviço da empresa Trindade Desenvolvimento Territorial - TDT. No dia 02 de junho, os policiais teriam adentrado a residência de Jaison, sem qualquer mandado judicial; assassinaram-no, tentaram matar seu irmão e depois se dirigiram à delegacia alegando legítima defesa.

A família tem medo de que a única testemunha do crime seja também assassinada.

O crime insere-se em um conflito fundiário mais amplo e é emblemático da aliança criminosa que muitas vezes ocorre entre corporações e polícias. A disputa pelos territórios do litoral de Trindade remonta à década de 1970, e os trindadeiros lutam por seu território e por sua gestão sustentável, com o enfrentamento às dinâmicas de especulação e grilagem.

A CDHM requereu às autoridades locais informações sobre as investigações criminais. A impunidade alimenta o ciclo de violência, e não pode ser tolerada. Ao mesmo tempo, expresso minha solidariedades aos caiçaras, em homenagem à sua luta e resistência.

 

Brasília, 08 de junho de 2016 

 

Deputado PADRE JOÃO

Presidente