Juiz reconsidera publicamente sua posição sobre religião

O juiz da 17ª Vara Federal do Rio, Eugênio Rosa de Araujo, afirmou nesta terça-feira (20) que reconhece os cultos afro-brasileiros como religiões. Na semana passada, adeptos da umbanda e do candomblé se revoltaram com o magistrado ao tomar conhecimento de uma decisão em que ele sustentava o contrário.
20/05/2014 20h35

O juiz Araujo recusou pedido do Ministério Público Federal para retirar do YouTube vídeos postados pela Igreja Universal que fazem ataques às crenças de origem africana.

O juiz manteve os vídeos no ar, com o argumento de que defende a liberdade de expressão. Após críticas, o juiz voltou atrás em sua opinião sobre os cultos afro-brasileiros.

"Faço a devida adequação argumentativa para registrar a percepção deste Juízo de se tratarem os cultos afro-brasileiros de religiões”

O juiz disse ainda que "o forte apoio dado pela mídia e pela sociedade civil demonstra, por si só e de forma inquestionável, a crença no culto de tais religiões".

Representantes do movimento afroreligioso consideraram positiva a reconsideração pública pronunciada pelo juiz. O grupo, no entanto, mantêm a postura crítica em relação à manutenção dos vídeos na Internet.   

A Procuradoria recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região para tentar tirar os vídeos do ar. (com informações da Folha de S.Paulo)