Jornalista que entrevistou Paulo Malhães fala à Comissão de Direitos Humanos
Audiência pública será realizada nesta quarta-feira (21) debate chacina ocorrida no Parque Nacional do Iguaçu na época do regime militar
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira (21) uma audiência pública para debater a Chacina do Parque. O evento, que vitimou cinco brasileiros e um argentino, é considerado pela Comissão Nacional da Verdade um dos mais recobertos de mistérios entre todos os casos de mortes e desaparecidos políticos registrados no período ditatorial.
O coronel de reserva, Paulo Malhães, encontrado morto poucos meses após dar um depoimento à Comissão Nacional da Verdade era um dos convidados para a audiência pública. Entre as várias revelações feitas por Malhães à comissão, está a localização dos restos mortais das vítimas da chacina. Na ausência de Malhães, a jornalista Juliana Dal Piva, que participou de oitivas com o coronel da reserva, confirmou presença na audiência pública.
Além de Juliana, participam da audiência pública o autor do livro “Onde foi que vocês enterraram nossos mortos”, Aluizio Palmar e parentes das vítimas. Aluizio e Lilian Ruggia, irmã do argentino morto na chacina, já estão em Brasília.
O requerimento para a realização da audiência pública é do presidente da CDHM, o deputado federal Assis do Couto. Assis, que nos últimos meses está focado na descoberta desta parte da história brasileira recoberta de mistérios, afirma que quanto mais depoimentos na audiência, mais fácil garantir à população o direito à memória.
“Neste ano, a Câmara instituiu o Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade. A população do Paraná tem o direito de saber onde estão os corpos dos militantes vítimas desta chacina”, afirmou o deputado federal.