Diligência da CDHM chega ao Paraná e aborda criminalização de militantes que lutam pela reforma agrária
A diligência, que contou também com os deputados Marcon (PT-RS) e Zeca Dirceu (PT-PR), além dos deputados estaduais Tadeu Veneri, presidente Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa paranaense, e Professor Lemos, começou com uma visita aos militantes do MST presos preventivamente nos municípios de Corbélia e Cascavel depois da deflagração da Operação Castra, da Polícia Federal.
Em seguida, a comitiva foi recebida no Acampamento Dom Tomás Balduíno, onde foi recepcionada por trabalhadores acampados. No período da tarde, a CDHM apresentou as demandas e denúncias colhidas ao longo do dia para a juíza que vem acompanhando o caso.
Neste exato momento, ocorre uma audiência pública na Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu, abordando o cumprimento da função social da terra. Participam da audiência os parlamentares da comitiva, os vereadores de Quedas Silvano, Osny Soares, Paulino e Claudemir, o vice-prefeito do município, Amarildo Artur Luzitani, e o promotor Leonir Battisti, Coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segunda etapa da diligência
Amanhã, os parlamentares rumam para Capanema, para abordar outro tema que tem provocado violações de Direitos Humanos no Paraná: a situação dos atingidos pela barragem de Baixo Iguaçu. Milhares de famílias denunciam que estão desamparadas pelo consórcio responsável pela usina e o poder público local.
A agenda, construída em conjunto com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), prevê visitas a famílias locais e à ocupação realizada por atingidos no canteiro de obras da usina, localizada entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, e uma audiência pública com autoridades locais e representantes dos movimentos sociais para propor soluções que atendam às famílias.