Deputados da CDHM visitam preso do MST em Goiás

Nesta quarta-feira (22), os integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputados Patrus Ananias (PT-MG) e Nilto Tatto (PT-SP), visitam o integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Luiz Batista Borges, preso em Rio Verde (GO) desde 14 de abril. A prisão do militante resultou do enquadramento do MST na Lei 12.850/13, que tipifica organizações criminosas, pela Justiça de Goiás.
22/06/2016 12h15

De acordo com dirigentes do MST no estado, em abril, juízes das comarcas de Santa Helena, Mineiros e Rio Verde decretaram a prisão preventiva de quatro militantes do movimento, sem que tivessem cometido nenhum crime. Os juízes alegam que esses líderes fazem parte de uma organização criminosa.

Conflito

Além de Luiz Borges, os juízes mandaram prender José Valdir Misnerovicz, Diessyka Santana e Natalino de Jesus, do acampamento Padre Josimo Tavares. Os dois últimos ainda não foram encontrados pela Justiça. Esse assentamento fica na usina de etanol Santa Helena, em processo de recuperação judicial, mas cujas terras já foram declaradas de propriedade da União.

Na semana passada (dia 14) outro grupo de parlamentares da CDHM foi a Goiás tratar do assunto. Além de se reunir com autoridades locais e movimentos sociais na Assembleia, em Goiânia, visitaram Misnerovicz na prisão, em Aparecida de Goiânia.

Criminalização

Para os deputados, os integrantes do MST são presos políticos. O presidente da CDHM, Padre João (PT-MG), que assina o requerimento para a realização das visitas a Goiás, considera importante que a CDHM realize essas diligências, devido à “gravidade do conflito pela posse da área em litígio, bem como pela criminalização do movimento social em curso, criando ambiente para massivas violações de direitos humanos”.