Deputados da CDHM discutem situação de indígenas com Janot
No dia 17 de junho, uma comitiva da CDHM esteve no Mato Grosso do Sul para observar de perto a situação dos indígenas atacados a balas três dias antes por fazendeiros. Da agressão resultou um morto e cinco feridos.
Na ocasião, as lideranças indígenas pediram aos deputados que levassem suas reivindicações ao ministro da Justiça interino, Alexandre de Morais. Desde então, Morais já desmarcou dois encontros com os parlamentares.
Dentre as medidas protetivas solicitadas pelos índios está a presença constante da Força de Segurança Nacional, inclusive à noite, quando, conforme relatam, ocorre a maioria dos ataques. Os Guarani e Kaiowa também pedem a inclusão de suas lideranças no programa de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas, da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.
Conflitos
Os conflitos entre fazendeiros e indígenas ocorreram na aldeia Ivu/Amambaipeguá, a 20 km da cidade de Caarapó, onde índios procedem ao que chamam de retomada – processo em que ocupam terras habitadas por suas etnias no passado.
O território em disputa foi ocupado pelos Guarani e Kaiowa, mas entregues pelo poder público a fazendeiros de fora da região décadas atrás. Hoje, o local encontra-se em processo de demarcação e foi declarado como terra tradicional indígena pelo Governo Federal no início deste ano.
Acompanham padre João à Procuradoria Geral da República os deputados Érika Kokay (PT-DF), Ságuas Moraes (PT-MT), Paulo Pimenta (PT-RS), Zeca do PT (PT-MS), Janete Capiberibe (PSB-AP), Edmilson Rodrigues (Psol-PA), Adelmo Leão (PT-MG), Nilto Tatto (PT-SP) e Marcon (PT-RS).