Comissão de Direitos Humanos da Câmara volta a Goiás por investigação de esquadrões da morte

14/09/2012 15h55

Comissão de Direitos Humanos da Câmara

volta a Goiás por investigação de esquadrões da morte

 

Presidente da comissão que enviará representante a Goiânia em 19/9 considera acertado afastamento de Wellington Urzêda do Comando de Missões Especiais da PM

 

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), que enviará novamente representante semana que vem a Goiânia, elogiou a troca de liderança no Comando de Missões Especiais da Polícia Militar goiana, realizada na quarta-feira (12/9).

"Foi uma decisão acertada. Mostra o comprometimento do governo de Goiás em avançar nas parcerias que tem com o governo federal para melhorar o sistema carcerário do estado e proteger a população", declarou o presidente da CDHM, deputado Domingos Dutra (PT-MA), sobre a retirada por tempo indeterminado do tenente-coronel Wellington Urzêda do Comando de Missões Especiais da PM estadual.

Dutra lembrou que na semana passada, durante reunião entre representantes da comissão -que estiveram em Goiânia para tratar da situação de insegurança no estado- e o governador Marconi Perillo, o chefe do Executivo regional mostrou surpresa ao saber pelos parlamentares que Urzêda estava à frente das missões especiais da PM. "O governador nos disse que avaliaria a situação do tenente-coronel com o comando da polícia militar e que seria tomada uma decisão", detalhou o deputado, que esteve na reunião.

O presidente da CDHM informou também que na quarta-feira que vem (19/9), a 1a. vice-presidenta da comissão, deputado Erika Kokay (PT-DF), voltará à capital goiana. Ela integrará a missão que o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana encaminhará à cidade. Dito conselho, existente na estrutura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, tem a CDHM entre seus membros.

Em 4 de setembro, a comissão da Câmara Federal esteve em Goiânia para apurar denúncias de homicídios e desaparecimentos de pessoas atribuídos a grupos de extermínio. Essas quadrilhas teriam a participação de policias militares, segundo testemunhas.

Recentemente a revista Carta Capital publicou que, nos últimos 11 anos, 40 pessoas sumiram sem deixar vestigios. Há depoimentos que acusam policiais militares de serem os responsáveis por esses desaparecimentos assim como de alguns homicídios. E entre as testemunhas existe quem aponte o oficial Urzêda como chefe dos grupos de extermínio. Essas acusações somadas a outras levaram a Secretaria de Direitos Humanos da presidência a abrir um processo de investigação contra a PM.

 

 

O QUE: retorno de representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal a Goiânia;
POR QUE: continuar apuração de denúncias sobre supostos grupos de extermínio integrados por policiais militares;
QUANDO: quarta-feira (19/9/12);
CONTATO: Assessor de Comunicação da CDHM – Manuel Martínez 
(61 – 8212 8462