Comissão aprova proteção para defensores de Direitos Humanos
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias aprovou na quarta-feira (8) o Projeto de Lei do 4575/09,
do Executivo, que institui o Programa de Proteção aos Defensores dos
Direitos Humanos, o qual deverá funcionar no âmbito da Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
O
objetivo do programa é impedir a violação dos direitos desses
defensores, investigar ameaças contra eles e articular políticas
públicas para enfrentar situações de violência.
A proteção
prevista abrange pessoas físicas e jurídicas e também movimentos
sociais com atuação na promoção dos direitos humanos e que se encontrem
em situação de risco ou vulnerabilidade.
Escolta policial
O
relator, deputado Luiz Couto (PT-PB), introduziu emenda que explicita
melhor o tipo de proteção policial a ser disponibilizada aos defensores
dos direitos humanos. De acordo com a emenda, ela deverá ser promovida
com a garantia de escolta policial e segurança ininterrupta por tempo
previamente determinado pelo órgão definidor da medida.
Demanda da sociedade
Segundo
Luiz Couto, o programa atende antigas e sempre renovadas demandas
sociais. "É uma iniciativa relevante porque vem da sociedade civil
organizada; além disso, promove a adequação da ordem jurídica
brasileira a resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas", explica
o relator.
O programa, acrescenta o deputado, demarca e define
bem onde há complementação com o já existente programa de proteção a
testemunhas, esclarecendo as diferenças e as especificidades de cada um.
O
novo programa tem base legal autônoma, ainda que guarde relação com o
programa de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas, já que se
tratam, ambos, de programas de proteção.
Medidas de proteção
O
programa deverá combater toda conduta que tenha por objetivo impedir a
continuidade de atividades de pessoa ou grupo na área de direitos
humanos. Entre as medidas que poderão ser executadas pelas instituições
envolvidas no programa estão:
- proteção policial;
- transporte seguro para a continuidade de atividades;
- acesso às radiofrequências privativas dos órgãos de segurança pública para monitoramento e pedido de ajuda;
- fornecimento e instalação de equipamentos de segurança;
- preservação do sigilo da identidade;
- ajuda financeira para a pessoa impedida de trabalhar, entre outros.
Tramitação
O
projeto ainda será examinado pelas comissões de Segurança Pública e
Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo
Plenário.
Íntegra da proposta:
- PL-4575/2009
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Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Newton Araújo
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