CDHM segue em diligência nos estados de MG e ES apurando violações de Direitos Humanos nos crimes da Samarco, Vale e BHP Billiton
No próximo sábado, o episódio completará um ano. Segundo o deputado Padre João (PT-MG), é estarrecedor que em quase um ano tão pouco tenha sido feito para reparar os prejuízos de ordem econômica, social, cultural e religiosa. “Os relatos impressionaram. Nas cidades que visitamos no Espírito Santo, trabalhadores, donas de casa e proprietários de pequenos comércios relatam que até hoje beber água da cidade provoca doenças de pele e renais. Em Minas, devido à morte do Rio Doce, comunidades inteiras de pescadores perderam sua subsistência e a compensação que recebem é de um terço do que ganhavam, vivendo na miséria”.
Uma das observações que a equipe da CDHM fez durante a diligência é que a despeito do que dizem as empresas que cometeram os crimes, a lama segue descendo pelos rios. É o caso da foto que ilustra essa matéria, que mostra o encontro dos rios do Carmo e Gualaxo, em Barra Longa (MG), mostrando o cruzamento das águas limpas do Gualaxo com as enlameadas do Carmo, que seguem até desaguar no Rio Doce.
A diligência segue até sábado, e produzirá um relatório que subsidiará ações da CDHM no sentido de monitorar e cobrar providências do poder público, acompanhar as ações do Poder Judiciário e intervir, dentro de suas atribuições, para que qualquer acordo feito envolva as populações atingidas.