A reunião contou com a presença dos deputados federais Nilto Tatto (PT-SP), e Jean Wyllys (PSOL-RJ), ambos membros da CDHM, e da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), além de assessores de outros quatro parlamentares: Erika Kokay (PT-DF), Patrus Ananias (PT-MG), Paulo Teixeira (PT-SP) e Valmir Assunção (PT-BA).

O objetivo da reunião foi fazer uma apresentação institucional do FOPIR. A entidade defende a tese de que o racismo é estruturante das desigualdades no Brasil, país em que os privilégios e o racismo institucional são pilares de sustentação da sociedade desde o período pós-colonial. Segundo os representantes do FOPIR, uma das principais tarefas do fórum será desenvolver estratégias específicas de promoção de um debate franco sobre o racismo, o machismo e as políticas públicas de igualdade racial.

Os parlamentares que representaram a CDHM se comprometeram a contribuir com as iniciativas de debates no Congresso Nacional. Jean Wyllys apontou a necessidade de ampliar a interlocução institucional de fóruns como este. “É fundamental que o FOPIR busque ampliar o escopo de sua atuação junto às Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais, dialogando com deputados e vereadores que possam ser canais das demandas dos que lutam pela igualdade racial ou podem se sensibilizar com a pauta, inclusive aqueles que não militam no campo considerado progressista”, pontuou. A equipe técnica da CDHM irá levantar os projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados que envolvem promoção de políticas de igualdade racial.

Composição

Fazem parte do FOPIR, até o momento (uma vez que a construção visa ampliar a adesão de outras entidades ao fórum): Anistia Internacional, Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Baobá – Fundo para Equidade Racial (Fundo Baobá), Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), COJIRA – Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial, Geledés – Instituto da Mulher Negra, Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento (Laeser/UFRJ), Observatório de Favelas, Odara – Instituto da Mulher Negra, Redes de Desenvolvimento da Maré (Redes da Maré).