CDHM faz parceria com segurança pública da Paraíba para resolver casos de violência no estado
Entre os casos apresentados está o assassinato do radialista Ivanildo Viana. O crime aconteceu em 27 de fevereiro de 2015, no quilômetro 80 da BR-101 em Santa Rita, na Grande João Pessoa. Sete pessoas foram presas em 2017, mas o mandante do crime continua desaparecido.Entre eles, estão três ex-policiais militares.
Em outro crime, Suenia Souza, de 23 anos. A jovem foi morta com um tiro na cabeça quando saía do trabalho, em 7 de janeiro de 2016. A morte foi tratada como acidental pela polícia em decorrência de bala perdida. O tiro foi disparado por uma dupla em uma moto. Eles teriam tentado assaltar outros funcionários do call center que Suenia. No entanto, a família dela acredita ser feminicídio.
Já no caso da adolescente Rebeca Cristina, de 15 anos, ainda não houve punição dos responsáveis. Ela foi morta em 11 de julho de 2011, no bairro de Mangabeira VIII, em João Pessoa. O padrasto , Edvaldo Soares, cabo da polícia militar, está preso e aguarda julgamento desde julho de 2016. Porém, as investigações apontam para o envolvimento de mais uma pessoa, até agora desconhecida.
A CDHM solicitou ainda ao secretário de Segurança Pública informações sobre pessoas ameaçadas de morte e que estão aos cuidados do Serviço de Proteção a Testemunhas no estado.
Um novo encontro para atualização dessas demandas deve acontecer dentro de 15 dias.
Boa notícia
A boa notícia do Atlas da Violência 2018, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), é que a Paraíba foi um dos estados que mais se destacaram na redução de homicídios no país durante os últimos anos. O levantamento, com dados referentes a 2016, mostra que o estado registrou diminuição gradativa nas taxas de homicídios. A Paraíba saiu do 3º lugar para o 18º posto entre os mais violentos do Brasil. O levantamento aponta que de 2011 a 2016 houve uma redução de 20,4% na taxa de homicídios.
Ainda segundo o Atlas da Violência 2018, a taxa de homicídios na Paraíba é a segunda menor do Nordeste, com uma média de 33,9 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. O número é maior apenas do que encontrado no Piauí, onde a taxa ficou em 21,8, a terceira menor do país.
Por sua vez, a taxa de Sergipe foi de 64,7, quase duas vezes mais que o contabilizado na Paraíba, de acordo com o estudo. Os estados de Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4) e Pernambuco (47,3) foram seguidos por Bahia (46,9), Ceará (40,6) e Maranhão (34,6), que também apareceram na sequência com registros elevados.
No ano de 2016, a Paraíba foi, ainda, o estado que registrou maior redução de mortes violentas de jovens. Houve uma redução na taxa de homicídios de pessoas de 15 a 29 anos, em relação ao ano anterior. A queda chegou a 15,6%.
PedroCalvi / CDHM