CDHM debate criação do Dia Nacional do Cristão
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realizou nesta sexta-feira (5) audiência pública com o objetivo de tratar da criação do Dia Nacional do Cristão. Para os participantes, o PL 2832/2021, da deputada Soraya Manato (PSL-ES), que trata da instituição da data, é importante por promover o permanente fortalecimento dos valores cristãos.
“Que essa data seja um dia de unidade da nação”, afirmou o deputado Eli Borges, que presidiu a audiência pública. O parlamentar apontou que, segundo o último Censo realizado pelo IBGE, 87% da população brasileira se define como cristã, e, para ele, a instituição do Dia Nacional do Cristão atende ao critério de alta significação para o maior segmento religioso existente no país.
A audiência contou com a participação dos Pastores Harbety Carvalho, da Assembleia de Deus, e Josimar Francisco da Silva, do Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal (COPEV/DF), do Bispo Robson Rodovalho, do Conselho Nacional dos Conselhos de Pastores do Brasil (CONCEPAB), de Dom Pedro Brito Guimarães, bispo da Igreja Católica, e do Apóstolo Paulo César de Lima Gomes, da Igreja Batista Nova Canaã.
“É importante termos esse dia de referência, que nossos filhos, nossos netos saibam o que é ser cristão, o conceito, o significado, a origem da palavra cristão. Quando eu uso esse termo, ponho sobre mim a responsabilidade de parecer com Jesus Cristo, de ter os mesmos valores e condutas”, reforçou o Bispo Robson Rodovalho sobre a importância da criação da data.
“Vós sois o sal da terra, e se o sal for insípido, o que que há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens”, disse Haberty Carvalho, citando trecho do autor Timothy Keller, que se utiliza da metáfora do sal para explicar que o cristão deve realçar o que há de melhor na sociedade.
“O cristão, enquanto cidadão, deve ter o seu dia celebrado, a fim de reafirmar suas origens e propósitos. Em um ano de no mínimo 365 dias, em um contexto de centenas de datas, é no mínimo razoável que se institua o Dia Nacional do Cristão”, afirmou Harbety.
“É um sinal de que nós existimos, que temos valor, bandeira, compromisso, missão, que esse dia do cristão possa mexer com as estruturas de todo mundo, para que a gente se comprometa com aquilo que é do coração de Cristo”, argumentou Dom Pedro sobre a relevância da data.
Josimar da Silva reforçou que, segundo algumas pesquisas, o número de cristãos no país deve crescer ainda mais, o que se soma ao já relevante número de pessoas que se declaram como cristãs no Brasil e denota a importância da instituição do Dia Nacional do Cristão. “A nação brasileira agradece às igrejas, porque a igreja tem ido a lugares que ninguém tem ido. O Dia do Cristão é um dia justo, e um dia que temos que celebrar”, disse.
“Os cristãos são com certeza hoje o povo que mais faz assistência social, socorro à população. As igrejas, independente das denominações, são restauradoras de famílias, transformam seres humanos e têm papel fundamental na nação brasileira”, argumentou Paulo César de Lima Gomes.
“As datas têm essa força, a força da memória, da celebração, da execução, ter uma data vai ser muito importante para o segmento cristão, ter suas celebrações, manter viva a chama. Não se trata de um feriado, se trata de um dia de celebração, e que esse dia seja por nós muito bem cuidado, zelado e passado às próximas gerações”, finalizou.
Os parlamentares Carla Dickson (PROS/RN), Eli Borges (SOLIDARI/TO) e Cezinha de Madureira (PSD/SP) são coautores da proposta que deverá tramitar nas comissões nos próximos meses.
Fábia Pessoa/CDHM