CDHM avalia impactos de transferências de terras da União para o Amapá
CPT/AP
Comunidade do Caldeirão é uma das ameaçadas por grileiros e impedida de pescar em área cercada pela Eletronorte
Após a assinatura do decreto para a transferência das terras, ações violentas foram desencadeadas por detentores de títulos ilegais emitidos pelo órgão de terras do estado. Esses portadores de títulos não vivem nas área que alegam ser donos. Residentes na área, pequenos agricultores familiares, extrativistas, ribeirinhos e pescadores têm sido ameaçados, segundo a CPT.
Debatedores – Estão convidados como debatedores da situação causada pelo decreto de transferência das terras o Coordenador da 6ª Câmara do Ministério Público Federal, Luciano Mariz Maia; a Coordenadora-Geral de Regularização de Território Quilombolas do INCRA, Isabelle Picelli; o diretor do Instituto do Meio Ambiente do Amapá - IMAP, Luiz Henrique; o Coordenador da Comissão Pastoral da Terra no Amapá, Padre Sisto Magro; o Secretário de Regularização Fundiária do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, Sorrival de Lima; e a representante da Articulação Nacional da Comunidade Tradicional – Quilombolas, Ana Rita Picanço Da Silva.
Ameaças – O decreto 8.713, para a transferência das terras, foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 15 de Abril passado. “Foi o suficiente para ações violentas e ilegais daqueles que tem títulos também ilegais emitidos pelo órgão de terras do estado, antes que as terras fossem transferidas, sem que os portadores dos títulos estejam nas áreas das quais alegam ser donos”, afirmou a deputada Janete, que requereu a audiência pública.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra – CPT, pequenos agricultores familiares, extrativistas, ribeirinhos e pescadores têm sido ameaçados por supostos detentores de títulos de propriedade em terras da União. As agressões teriam aumentado após a assinatura do decreto de transferência das terras federais para o estado do Amapá.