CDHM anuncia instauração de procedimento para acompanhar repressão policial contra manifestantes do MTST em Pernambuco
Segundo a denúncia recebida pela CDHM, as famílias da ocupação Carolina de Jesus exigiam a presença do representante da Companhia Estadual de Habitação de Obras de Pernambuco (CEHAB) para uma reunião, previamente agendada, e que tinha sido cancelada sem justificativa. A polícia teria reagido com balas de borracha, bombas de efeito moral, armamento letal, de forma direta contra os manifestantes.
Ainda de acordo com a denúncia, muitas pessoas ficaram feridas, uma delas teve a perna atravessada por um projétil e outra foi espancada e teve uma costela fraturada e encontra-se no hospital com hemorragia interna. Além disso, os militantes do movimento que foram presos estariam sendo indiciados pelo crime de organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio público, tentativa de incêndio e resistência à prisão.
Padre João oficiou o Secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Fernandes Gioia, e o procurador-geral de Justiça do Estado, Carlos Augusto Guerra de Holanda, para que adotem providências no sentido de identificar os responsáveis pelo ataque aos manifestantes. De acordo com o deputado, “a CDHM tem acompanhado com preocupação a escalada de repressão aos movimentos sociais e de criminalização das organizações, com prisão de lideranças e enquadramento das atividades típicas destes movimentos como organização criminosa, inviabilizando que as organizações populares promovam a luta por direitos”.