NOTA OFICIAL

CASO HERZOG

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados se solidariza com a família do jornalista Vladimir Herzog e rejeita a explicação dada pelo governo do Brasil em manter sem nova investigação esse assassinato nos porões da ditadura militar, que açoitou este país entre 1964-1985.

O grupo de parlamentares que integra este grupo legislativo considera que a atitude do Executivo demonstra leniência e covardia a respeito de uma ato contra o qual há provas em demasia por sua elucidação. Até o ex-governador de São Paulo à época de mais essa morte bárbara, Paulo Egydio, afirmou que o profissional foi brutalmente morto pelos órgãos da repressão militar.

O governo democrático e popular da presidenta Dilma Rousseff, que tanto tem contribuído para avanços na Justiça Social e da Democracia no país, não pode abrir mão das contribuições que setores da sociedade que buscam oferecer para esclarecer um período tão obscuro da história nacional

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados também lamenta que no início da retomada da democracia no Brasil, durante o governo de José Sarney, atual presidente do Congresso, a presidenta Dilma Rousseff e o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenham sido mantidos sob vigilância.

É lamentável que o Estado, no momento em que o país se dispunha retomar o rumo da tolerância, tenha permitido a manutenção de práticas de um regime que se pretendia extinguir para todo o sempre.