Várias pessoas que denunciaram crimes ambientais e de invasões de propriedades foram assassinadas, e o problema foi divulgado ao mundo pela organização Anistia Internacional

As 800 famílias de lavradores, seringueiros e catadores de castanha do programa Terra Legal, além de moradores dos assentamentos Gedeão e Curuquetê, no Amazonas, encontram-se ameaçados por grileiros de terras e exploradores ilegais de madeira.

O problema, que foi revelado ao mundo pela organização Anistia Internacional, será tema de audiência pública conjunta das comissões de Direitos Humanos e Minorias e da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.

A autora do requerimento para a realização do encontro, deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) justificou que “desde 2007, sete pessoas foram mortas por denunciarem os crimes ambientais e de propriedade da terra”.

Líderes camponeses chegaram a receber proteção da Força Nacional. Este grupo de defesa, porém, considerou que diante da gravidade da situação e dos riscos e ameaças não teria como garantir integralmente a proteção dessas pessoas, o que levou à retirada delas para endereços mantidos em sigilo por questões de segurança.

A audiência contará, entre outros, com a presença do Coordenador Geral do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Igo Martini; da líder camponesa da Associação Deus Proverá, do Amazonas, Nilcilene Lima; do coordenador-geral de fiscalização do Ibama, Rodrigo Dutra; e de representantes da Comissão Pastoral da Terra, da Secretaria do Patrimônio da União e da Secretaria de Segurança Pública do estado do Amazonas.

O QUE: audiência pública por ameaças à vida e à segurança de centenas de pessoas no Amazonas;

QUANDO: 14.00, terça-feira (19/6/12);

ONDE: plenário 11, anexo 2 da Câmara dos Deputados;

CONTATO: Assessor de Comunicação da CDHM – Manuel Martínez (61 – 8212 8462).