AMB e Comissão de Direitos Humanos e Minorias debatem linchamentos públicos

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Assis do Couto, recebeu na noite da última quarta-feira (07), o presidente e o vice-presidente da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), para uma conversa sobre a onda de violência no Brasil. Preocupados com os episódios recentes de linchamentos públicos, os juízes, João Ricardo dos Santos Costa e Sérgio Luiz Junkes, entregaram ao deputado Assis um ofício solicitando uma audiência pública para debater o tema.
08/05/2014 15h10

AMB e Comissão de Direitos Humanos e Minorias debatem linchamentos públicos

João Ricardo dos Santos, presidente da AMB, Sérgio Luiz Junkes, vice-presidente, e o presidente da CDHM, deputado Assis do Couto

“Fico muito feliz de receber a visita de vocês e perceber a preocupação da AMB com este tema”, disse o presidente que há poucos dias divulgou uma nota, em nome da Comissão de Direitos Humanos, repudiando os linchamentos públicos no País. Assis deixou clara a preocupação do colegiado com a onda de violência nacional, principalmente com a proximidade de grandes eventos, como a Copa do Mundo no Brasil.

“A questão dos justiçamentos tem nos preocupado, e muito, pela brutalidade. Com o componente das redes sociais, isto tem sido estimulado e divulgado. A magistratura está aqui para que possamos discutir o que está acontecendo no Brasil e fazer com que a sociedade tenha um olhar para isso. Não podemos fugir desse debate”, afirmou o presidente da AMB, João Ricardo.

Assis compartilhou com os magistrados a intenção da CDHM em realizar, no lugar de uma audiência pública, um grande evento pela paz no Brasil. “Queremos conversar com o Senado e com a sociedade civil e fazer um grande evento, onde a gente consiga externar para a população brasileira esse sentimento de paz e ter alguns encaminhamentos no sentido de enfrentar esta onda de violência”, completou.

A ideia, ainda em discussão na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, é realizar este evento na primeira semana de junho. “Precisamos de um tempo para organizar e divulgar este evento. E claro que os grandes meios de comunicação precisam estar conosco”, concluiu o presidente.