Direitos Humanos Acompanhará Investigação de Grampos no Distrito Federal

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira, 5 de abril, pedir à polícia federal cópia do inquérito que apura as escutas clandestinas realizadas em telefones de procuradores da República, um ministro de Estado e familiares de autoridades de Brasília. A comissão aprovou requerimento aprovado pela deputada Iriny Lopes (PT-ES) que considerou o grampo uma grave violação de direitos humanos.

"Nos comprometemos em acompanhar as investigações abertas pela Polícia Federal sobre as escutas clandestinas feitas nos telefones da procuradora Cláudia Pereira, do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que vinha investigando suspeitas de irregularidades na administração distrital envolvendo a contratação de serviços sem licitação. O grampo ilegal é uma das piores violações de direitos humanos, uma ameaça à democracia e ao estado de direito" destacou a deputada.

O grampo também atingiu várias autoridades - entre as quais o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz - e uma amiga de Cláudia, Ana Flávia Rezek, filha do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso e mulher do ministro aposentado da Corte de Haia Francisco Rezek.

Iriny faz parte de uma força-tarefa destinada a acompanhar este caso e também atua em outro caso de grampo, que atingiu a Rede Gazeta, do Espírito Santo, no fim de 2005. A força-tarefa conta com representação desta Comissão, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e do Ministério Público de Goiás.

Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Luciana Lima — Assessoria de Imprensa

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