11º SEMINÁRIO NACIONAL LGBT DO CONGRESSO NACIONAL “AIDS: Formas de saber, formas de adoecer”

Em sua 11ª edição, o Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) do Congresso Nacional traz ao Parlamento temas contemporâneos que afligem não apenas a comunidade LGBT, como outros grupos historicamente estigmatizados. Este ano o evento, que terá como lema do evento “Formas de saber, formas de adoecer”, abre espaço para uma discussão sobre questões relacionadas às DST/HIV/AIDS e reunirá representantes do governo federal, sociedade civil e especialistas em Saúde, Direito, Sexualidade, Psicologia, Sociologia e Cultura, além de acadêmicos que se dedicam a estudos e pesquisas relacionados. Entre os convidados também está o coletivo humorístico Porta dos Fundos.
30/05/2014 14h51

Patrícia Soransso

11º SEMINÁRIO NACIONAL LGBT DO CONGRESSO NACIONAL “AIDS: Formas de saber, formas de adoecer”

Deputada Érika Konkay em ato público pelo Dia internacional de Combate à Homofobia

O objetivo do encontro é promover o diálogo entre esses segmentos, além de gerar subsídios legislativos e conteúdos para a mídia pública do Congresso Nacional sobre caminhos para o enfrentamento das DST/HIV/AIDS, abordando temas pertinentes aos direitos humanos, como a busca da eficácia das leis contra a discriminação e a violência, leis essas fundamentais para a proteção de populações de maior risco; as resistências setoriais à implementação de políticas públicas e campanhas de cunho preventivo.

Segundo o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), um dos coordenadores das Frentes dos Direitos Humanos, LBGT e de Enfrentamento às DST/HIv/Aids, e autor de requerimento na Comissão de Direitos Humanos, abrir esse debate para a sociedade como um todo é imprescindível, dado o fato de a temática da AIDS ser um tema transversal que envolve não somente a temática LGBT - com os jovens gays sendo um dos grupos mais atingidos pela infecção, segundo dados do Ministério da Saúde (MS) – como os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, da população carcerária e das pessoas pobres; a saúde masculina, a transexualidade e os direitos das mulheres prostitutas.

“Este é um tema que envolve diversas questões que nos são caras e por isto decidimos tratar dele amplamente, convidando outros atores sociais com os quais o movimento LGBT precisa dialogar para sair do gueto”, explica o deputado, ressaltando que a escolha do tema também se dá em razão dos retrocessos realizados pelo MS nas políticas de prevenção e contemplação dos jovens gays e profissionais do sexo, que são, segundos dados do próprio ministério, as populações estigmatizadas mais vulneráveis. “Temos o desafio de fortalecer a nossa luta por políticas públicas de prevenção e de atenção às pessoas que vivem com HIV/AIDS e de produzir um discurso que não as estigmatize”, conclui.

Dividido em duas etapas, a programação do seminário se organiza com a MESA 1 – “Aids não tem cara, idade, cor ou orientação sexual. É hora de abandonar o rótulo” e com a MESA 2 – “Aids, a ilustre desconhecida; subproduto da desinformação”.

Na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o Seminário atende a requerimentos aprovados de autoria do Deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) e da Deputada Érika Kokay (PT-DF).

SERVIÇO:

11º Seminário LGBT do Congresso Nacional – “Aids: Formas de saber, formas de adoecer”.

Terça-feira, 03 de Junho, das 09h às 18h, no Plenário 09, Anexo II, da Câmara dos Deputados, com transmissão ao vivo pelo site da Câmara.