Pesquisa PROTESTE: Impacto da pandemia nos consumidores

A pandemia do coronavírus provocou dificuldades para o consumidor, seja no âmbito de consumo, com o aumento de preços nos supermercados, ou no financeiro, com as perdas salariais. A fim de medir o verdadeiro impacto da pandemia na vida dos consumidores, a PROTESTE foi a campo em todas as capitais brasileiras, principalmente, São Paulo e Rio de Janeiro, ouvir os consumidores de cada classe social. A maior perda identificada foi a de renda, resultado das consequências nos empregos. O segundo maior ponto de perda foi o cancelamento de eventos culturais, esportivos ou familiares e, em seguida, os prejuízos por conta dos alugueis. Confira os detalhes no episódio do Momento PROTESTE dessa semana na CBN.
26/11/2020 13h55

“A média nacional é de que 80% das pessoas já tiveram algum tipo de perda, mas no Rio de Janeiro é maior, chega a 87% com destaque para a de renda. Dessas 87%, 62% já tiveram perda do trabalho assalariado, autônomo, empreendedor ou informal.” revela Henrique Lian, diretor de relações institucionais da PROTESTE.

O levantamento feito pela PROTESTE entre os dias 11 e 14 de junho em 50 estabelecimentos no município revelou que o valor dos onze produtos analisados subiu. Para a pesquisa, foram considerados os itens da cesta básica, entre eles, o leite integral sofreu o maior aumento com variação de 11% em relação a última pesquisa feita em maio.

“Os maiores aumentos de preço observados são nos produtos mais essenciais. A demanda e produção de leite estão normalizadas, é, de fato, um abuso de preços com base na situação excepcional que estamos vivendo.” explica Henrique Lian. 

Segundo Lian, nesse caso, a regulação do mercado não está ideal e o consumidor fica sem opção. “Talvez precisemos, nesse momento, de uma politica pública para esses alimentos essenciais.”

Além disso, outro parâmetro avaliado foi o cumprimento de medidas para o combate ao coronavírus recomendadas pelos órgãos e agências de saúde. Ao todo, nos estabelecimentos verificados, a máscara era obrigatória, disponibilizaram álcool em gel aos consumidores e forneceram máscaras para os funcionários. Apenas 10% das 50 lojas não operavam de forma considerada positiva na higienização dos carrinhos antes ou após a utilização dele.

 

 

Do site www.proteste.org.br