Comissão discute energia pré-paga a pedido de Eli Corrêa
O sistema pré-pago foi aprovado pela Aneel em 2014. A adesão dos consumidores será opcional, e os custos da instalação dos medidores deverão ser pago pelas distribuidoras. Os créditos comprados não terão prazo validade e o retorno ao modelo convencional poderá ser solicitado a qualquer momento. Quando os créditos estiverem perto de acabar, o consumidor vai ser notificado por meio de alarmes visual e sonoro no medidor, para que haja tempo hábil para providenciar uma nova recarga. Porém, desde sua aprovação, apenas alguns municípios do Amazonas, Pará e São Paulo utilizam o sistema como piloto.
Segundo a Senacon, o sistema é bem avaliado em outras experiências internacionais e pode trazer vantagens para o consumidor, que terá controle diário de quanta energia está consumindo. No entanto, o modelo proposto pela Aneel, o consumidor não será beneficiado com tarifas mais baixas e terá a luz cortada imediatamente quando os créditos forem esgotados, embora exista a possibilidade de solicitar crédito de emergência de 20 kWh, disponibilizado em qualquer dia da semana e horário, pago pelo consumidor na primeira compra subsequente.
De acordo com Hugo Lamin, assessor da Superintendência de Regulação da Aneel, tem havido pouco empenho das distribuidoras em ofertar a modalidade pré-paga de energia. Ele destacou que as empresas distribuidoras ainda não levaram medidores de consumo ao Inmetro para aprovação. Por sua vez, o diretor de Metrologia Legal do Inmetro, Luiz Carlos Gomes dos Santos, reiterou que até os fabricantes de medidores de energia parecem demonstrar desinteresse em relação à questão, pois nenhum aparelho sequer foi entregue ao órgão para ser certificado.