CCJC rejeita mudança em normas sobre atuação das Forças Armadas em manifestações
Como foi rejeitada quanto ao mérito, a proposta deve ser arquivada, a menos que haja recurso para análise do Plenário da Câmara dos Deputados.
O relator, deputado Gurgel (PSL-RJ), recomendou a rejeição. “Não há nada no ato normativo que não esteja dentro dos limites autorizados pela Lei Complementar 97/99, que atribui ao ministro da Defesa a competência para o estabelecimento de políticas e atividades permanentes das Forças Armadas”, disse o relator.
Gurgel concordou com o entendimento da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional que, ao rejeitar a proposta, considerou a Portaria Normativa 186/14 apenas um manual com orientações para as Forças Armadas nesse tipo operação. As GLO dependem de autorização expressa do presidente da República.
A portaria trata das ações das Forças Armadas quando houver perturbações da ordem pública ou ameaças à incolumidade das pessoas ou do patrimônio. Para os autores do projeto, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e os ex-deputados Chico Alencar e Jean Wyllys, a norma permite a repressão de manifestações populares.