CCJC recebe as peças de defesa do Presidente da República e Ministros contra denúncia.
O advogado de Temer, Eduardo Carnelós, disse que a acusação é uma peça armada para depor o presidente, sem prova ou indício de que o presidente tenha cometido algum dos crimes de que é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “Parece que queria acusar e em troca ofereceu impunidade aos delatores”, disse, referindo-se ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
Na mesma linha, o advogado de Moreira Franco, Antônio Pitombo, disse que a acusação é leviana e feita para atingir a honra do ministro. “O controle da Câmara é muito importante, porque a PGR agiu sem comprometimento com a moralidade e o interesse público”, disse.
Desqualificação
Assim como a defesa do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), entregue mais cedo, as peças desqualificam as delações do empresário Joesley Batista, do executivo Ricardo Saud e do operador financeiro Lucio Funaro que sustentam as acusações de Janot.
Todos os advogados disseram não ter tido tempo de coordenar os esforços de defesa e alegaram que, por falta de provas, a Câmara deve negar a autorização para que Temer e os ministros sejam processados.