Conselho de Altos Estudos revela novas ocorrências de Terras Raras

Reunião realizada em 11/04/12 às 14h30
06/12/2016 12h05

Conselho de Altos Estudos revela novas ocorrências de Terras Raras

Antenor Silva

O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados reuniu-se no dia 11 de abril, às 14:30h, na Sala de Reuniões da Mesa, para ouvir o Engenheiro de Minas Antenor Silva*, especialista da indústria de mineração e pioneiro em pesquisa e desenvolvimento de processos de beneficiamento de minérios e engenharia para usinas de beneficiamento.

A reunião integrou o Plano de Trabalho elaborado para o estudo "Minerais Estratégicos e Terras Raras", cuja relatora é a Deputada Teresa Surita (PMDB-RR). Silva fez apresentação sobre o Projeto Araxá, área de mineração em Minas Gerais, onde já são conhecidas as potencialidades econômicas de exploração de Terras Raras, além das ocorrências de Nióbio e Fosfato.

Muito provavelmente - afirmou a Deputada Teresa Surita - esta será a primeira exploração de terras raras em escala industrial no Brasil, o que sinaliza uma perspectiva deveras promissora para que possamos sair da dependência da China que, hoje, controla 97% da produção global".

De acordo com o convidado Antenor Silva, "ao redor do globo, muitos projetos de Terras Raras estão sendo desenvolvidos para atender a demanda crescente e evitar a dependência dos chineses. Felizmente, os teores de Terras Raras e Nióbio no depósito de Araxá o torna um dos mais valiosos depósitos do mundo. Mais do que isso, as fontes de Terras Raras estão localizadas em áreas já conhecidas e de acesso privilegiado e, ainda, os recursos medidos e indicados poderão sustentar uma exploração de longo prazo.

Contudo, o que não se pode afastar é o risco de excesso de oferta, em face do aumento da produção geral de Terras Raras, visando atender oportunidades na demanda de alguns elementos. Se, de fato isso vier a acontecer, poderemos ter em futuro não muito distante uma super-oferta", finalizou o especialista.

Para o Presidente do Conselho de Altos Estudos e Terceiro-Secretário da Mesa, Deputado Inocêncio Oliveira, o que nos anima com esse estudo é o fato de o Brasil já dominar as tecnologias necessárias para chegarmos a todas as etapas da cadeia produtiva, quais sejam, a mineração, a separação, a produção de ligas metálicas e de ímãs, mesmo que esta última, apenas em nível de laboratório. Mas chegaremos lá, arrematou o Presidente do Colegiado que conduz o estudo sobre esse desafiante tema.

 

 

*Antenor Silva é Engenheiro de Minas, formado pelao Universidade do Estado de São Paulo (USP) em 1966. Possui quarenta e cinco anos de experiência nas indústrias de mineração e química, provendo consultoria técnica e treinamento no desenvolvimento, projeto, construção, operação e planejamento estratégico para minerações e empresas industriais. Pioneiro em pesquisa e desenvolvimento de processos de beneficiamento de minérios e engenharia para usinas de beneficiamento. Especialidade na produção de rocha fosfática para a indústria de fertilizantes. Direção de quatro projetos para produção de concentrado fosfático para fertilizantes, que hoje produzem a grande maioria dos fertilizantes fosfatados no país e também da única mina de potássio em operação no Brasil. Tem experiência no gerenciamento de engenharia para produção de minerais tendo dirigido a elaboração de projetos para minério de ferro, fluorita, magnesita, cromita, cobre, zinco, estanho, feldspato, fosfato e potássio. É CEO de empresas de fertilizantes e COO de empresas de ouro listadas na bolsa de Toronto no Canadá. Tem Experiência em financiamento de projetos, organização e planejamento de negócios. Relação com bancos privados e oficiais no Brasil- BNDES, no Exterior, BID - Banco Interamericano para Desenvolv. e IFC- World Bank. É membro do Conselho de Administração de empresas de fertilizante e de produção de ouro no Brasil e Canadá.