Relator da reforma da Previdência contesta números da Anfip relativos à Seguridade
21/03/2017 - 16:56
O relator da comissão especial que analisa a reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse há pouco que tem dificuldade de entender os argumentos de quem afirma, como a Anfip, que não existe deficit na Seguridade Social.
Segundo ele, a metodologia da entidade não considera, entre as despesas da Seguridade, os gastos com o regime próprio do funcionalismo público (RPPS).
“Os servidores públicos não deixarão de receber as aposentadorias. Mesmo porque contribuíram para a Previdência”, disse Maia, que participa de audiência pública realizada pela comissão especial.
Para o relator, excluir o RPPS na conta da Seguridade “é tapar o sol com a peneira”. “Não consigo conceber essa lógica que a Anfip defende”, disse. O presidente da entidade, Vilson Antonio Romero, foi o primeiro debatedor a falar na audiência pública de hoje.
Maia voltou a defender a idade mínima para aposentadoria do setor privado - Regime Geral de Previdência Social (RGPS) - e disse que o País precisa mudar o modelo previdenciário atual. “Precisamos fazer a reforma para dar sustentabilidade à Previdência Social”, disse Maia.
A comissão especial da Câmara dos Deputados analisa a PEC 287/16, que altera regras em relação à idade mínima e ao tempo de contribuição para se aposentar, à acumulação de aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos benefícios, entre outros pontos.
A audiência pública continua no plenário 2.
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Reportagem - Janary Júnior
Edição - Newton Araújo